O Citigroup revisou a previsão pessimista para o preço do ouro. Os analistas do banco agora preveem que o metal terá um rali para máxima recorde no curto prazo devido à piora da economia dos Estados Unidos e às tarifas que impulsionam a inflação.

Assim, o ouro deverá ser negociado entre US$ 3.300 e US$ 3.600 a onça nos próximos três meses, devido em parte às tarifas de importação dos EUA, em média, superiores aos 15% previstos, disseram analistas, que incluíam Max Layton, em nota nesta segunda-feira (4). Isso contrasta com a visão do Citi em junho, quando informou que o ouro seria negociado abaixo de US$ 3.000 a onça nos próximos trimestres.

“O mercado tem se preocupado com uma recessão nos EUA devido às altas taxas de juros nos últimos três anos, comprando ouro para fazer o hedge dos riscos de queda”, escreveram os analistas. “Este medo provavelmente só aumentou nos últimos seis meses, dada a maior agenda de tarifas comerciais do presidente Trump em um século.”

Após uma forte alta no início do ano e uma máxima recorde acima de US$ 3.500 a onça em abril, o ouro tem se mantido em um padrão estável nos últimos meses, enquanto o mercado busca uma nova direção. A mudança de postura do Citigroup o coloca em linha com outros analistas mais otimistas do Goldman Sachs e da Fidelity International.

Apesar da perspectiva mais otimista, os analistas do Citi afirmaram que a previsão anterior de preço, de curto prazo, entre US$ 3.150 e US$ 3.500 a onça, “funcionou bem”, e apontaram para os meses recentes de consolidação. Eles também reiteraram uma postura mais cautelosa em relação ao ouro em 2026, e citaram um possível fim da pausa nas contratações dos EUA, agora que os investidores têm mais clareza sobre o comércio e possíveis estímulos da Lei One Big Beautiful.