No Brasil, o IPCA de julho subiu 0,26% e acumulou 5,23% em 12 meses, segundo o IBGE. Já nos Estados Unidos, o CPI avançou 0,2% no mês, 2,7% em 12 meses. Leituras assim reforçam a percepção de menos pressão de juros à frente – e quem sabe, de alguma queda em breve.
No câmbio, o impacto foi imediato. Além da queda abaixo de R$ 5,40 — menor nível desde 24 de junho de 2024 (R$ 5,393) — o dólar perdeu terreno lá fora: recuou 0,48% frente ao peso mexicano, 0,51% ante o peso colombiano e 1,51% contra o peso chileno. Entre as moedas fortes, caiu 0,4% ante o euro, 0,3% frente ao iene e 0,3% contra o dólar australiano.
Para ativos brasileiros, o recado é direto: inflação mais comportada é igual a juros menos elevados, maior apetite por risco e, portanto, câmbio mais valorizado. Mas ainda é cedo para dizer que esse é o cenário mais provável: um corte de juros no Brasil depende da confiança de que a trajetória futura da inflação é de queda. O que, até aqui, ainda não está assegurada.