Segundo comunicado do BRB, as próximas etapas incluem a sanção do governador do DF Ibaneis Rocha, a conclusão da análise do requerimento pelo Banco Central, a reorganização societária do Banco Master e outras condições previstas no contato de aquisição.
A uma das condições esperadas pelo regulador do sistema bancário para o aval à operação é justamente a aprovação do legislativo do DF.
Quando foi anunciada em março deste ano, a transação incluía a aquisição de R$ 50 bilhões em ativos do Master, além das ações. Durante as negociações com o BC, houve uma redução dos ativos adquiridos e o BRB vai levar apenas metade, R$ 25 bilhões.
Isso significa que o Master ainda vai ter quase R$ 50 bilhões em ativos possíveis de serem negociados: os R$ 25 bilhões que ficaram de fora da negociação com o BRB e outros R$ 23 bilhões considerados de baixa liquidez ou com restrições.
A transação entre o Banco Master e o BRB recebeu aprovação incondicional do Cade no início de junho. Pelos termos do acordo, os ativos que não forem adquiridos pelo BRB permanecerão com o atual CEO e acionista controlador do Master, Daniel Vorcaro.
Em junho, Vorcaro concordou em injetar R$ 2 bilhões (ou US$ 364 milhões) na instituição, em um esforço para persuadir os reguladores a aprovar a fusão.
O aumento de capital fez parte de um plano negociado entre as instituições e o BC. Parte dos recursos veio das vendas de R$ 1,5 bilhão em ativos que Vorcaro realizou para o Banco BTG Pactual em maio. Um desses ativos foi a venda de uma fatia de cerca de 48% na varejista Veste, dona de marcas como Le Lis Blanc e Dudalina, que pertenciam a gestoras do grupo Master, WTN e Trustee.