“Opção de compra”, para quem não é familiarizado, consiste no seguinte. É como se fosse um papelzinho onde vem escrito: “Vale o direito de comprar uma ação da Oracle por US$ 340 no dia 12 de setembro”.
Não se trata apenas de um exemplo. As opções de compra da Oracle para o mês de setembro vencem no dia 12. E há papéis que dão o direito de comprar por US$ 340 (valor de strike, como se diz no jargão). Veja aqui a lista completa.
Compra quem acha que a ação vai estar acima disso, tipo US$ 350. Aí é só exercer o direito de adquirir por US$ 340, vender no mercado, e lucrar US$ 10 por ação sem fazer força.
Até terça, a ação estava em US$ 240. As opções para comprar por US$ 340 no dia 12, então, valiam quase nada: 0,24 centavos. Na quarta, a ação foi a US$ 327. E a opção subiu de carona, a US$ 7. Alta de 2.800% em um dia. O bastante para transformar R$ 10 mil em R$ 290 mil.
Por que foi a US$ 7? Porque agora, após a alta, há quem acredite que a ação vá a mais US$ 347. Você gasta US$ 7 pelo direito de comprar a US$ 340. Se a ação for a US$ 348, você lucra US$ 1. Compre mil opções, e lucre US$ 1 mil. Se a ação chegar a US$ 348, claro; se não, nem vale a pena exercer a opção de compra – e você perde o dinheiro.
Como é normal nesses mercados, a opções mais seguras, com valor de strike mais baixo, suiram bem menos. Ainda assim, coisa de 150%. Not so bad….
