O banco central da China aumentou suas reservas de ouro pelo 13º mês consecutivo, segundo dados divulgados neste domingo (7). As reservas de ouro do Banco Popular da China (PBOC) subiram 30 mil onças-troy no mês passado, totalizando cerca de 74,12 milhões de onças-troy. O atual ciclo de compras começou em novembro de 2024.

O PBOC, buscando maior influência financeira e protagonismo no mercado global de ouro, também passou a oferecer a outros bancos centrais o serviço de armazenar suas reservas de ouro na China. Até agora, já atraiu alguns interessados, incluindo o Camboja.

O ouro vem se consolidando acima da marca de US$ 4.000 por onça após recuar de um pico em outubro e continua a caminho de seu melhor ano desde 1979. A crescente expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) reduza os juros na reunião de 9 e 10 de dezembro tem apoiado o metal, enquanto o mercado também prevê que o próximo presidente do Fed adote uma postura mais dovish – inclinado a um corte de juros – na política monetária.

A expectativa de corte de juros pelo Fed sustenta o ouro porque juros mais baixos reduzem o retorno dos Treasuries, os títulos de dívida dos EUA, e tendem a enfraquecer o dólar, tornando o metal relativamente mais atraente para investidores.

As compras de ouro por bancos centrais ao redor do mundo aceleraram em outubro, após uma pausa no meio do ano, segundo o World Gold Council. As aquisições começaram a ganhar força após a invasão da Ucrânia pela Rússia e o congelamento das reservas externas de Moscou, já que o ouro também funciona como importante reserva de valor.