Cenário global: a rápida disseminação da variante Delta do coronavírus ofuscou nos últimos dias o debate sobre o risco de inflação. A Delta já é responsável por mais de 80% dos novos casos cobertos nos EUA, mas a eficácia das vacinas contra uma nova cepa foi considerada “extraordinária” pelo epidemiologista Anthony Fauci, nesta terça-feira. O pregão positivo de ontem nas principais bolsas globais, leva a uma interpretação de que os investidores possam ter exagerado na aversão ao risco do pregão do dia 19 de julho. A pressão negativa sobre os ativos de risco deveu-se a uma corrida por segurança como o dólar e Treasuries diante das preocupações com o aumento nos casos de Covid-19, mas agora o mercado passa a focar na reunião de política monetária do Banco Central Europeu na quinta-feira, que deve passar um tom “dovish”.
As bolsas europeias estão em alta firme, acompanhando o clima positivo global. Há expectativa com o resultado da reunião do Banco Central Europeu (BCE) amanhã, para confirmar se a presidente da instituição, Christine Lagarde, terá tolerância a uma inflação mais alta por algum tempo, como vem sinalizando a própria instituição.
O S&P 500 subia 0,37%, a 4.331 pontos; O índice pan-europeu STOXX 600 tinha alta de 1,35%, a 452,62 pontos; Em LONDRES, o índice Financial Times UK100 avançava 1,62%, a 6.992 pontos; Em FRANKFURT, o índice DAX subia 0,93%, a 15.358 pontos; Em PARIS, o índice CAC-40 ganhava 1,34%, a 6.432 pontos; Em MILÃO, o índice Ftse/Mib tinha valorização de 1,56%, a 24.482 pontos; Em MADRI, o índice Ibex-35 IBC registrava alta de 1,81%, a 8.509 pontos; Em LISBOA, o índice valorizava-se 1,33%, a 4.964 pontos; O petróleo tipo Brent em Londres avançava 1,43%, a 70,34 dólares por barril; Em TÓQUIO, o índice Nikkei NI225 avançou 0,58%, a 27.548 pontos; Em HONG KONG, o índice HANG SENG HSI caiu 0,13%, a 27.224 pontos; Em XANGAI, o índice ganhou 0,73%, a 3.562 pontos.
Brasil: aqui, a Receita Federal divulga às 11h30 os dados de junho da arrecadação, com a participação do ministro da Economia, Paulo Guedes, na entrevista coletiva. Na cena política, o presidente Jair Bolsonaro reforçou em uma rede social que vai vetar o novo fundo partidário de 5,7 bilhões de reais, isso é bom no sentido moral que a sociedade cobra, mas pode prejudicar futuros apoios da base aliada no congresso (“centrão”) relacionadas às reformas que serão pautas na volta do recesso parlamentar em agosto.
O dólar fechou em baixa na terça-feira, em dia de altas e baixas ao fim da qual a moeda acabou devolvendo apenas uma parte da forte alta da véspera, quando os mercados globais foram acuados por renovados temores sobre a pandemia. Dólar/Real caiu 0,35%, a 5,2308.
Ibovespa: fechou em alta na terça-feira, após três quedas seguidas, recuperando o patamar de 125 mil pontos, alinhado à recuperação de mercados acionários no exterior e do petróleo, com JBS disparando 6,7%. IBOV : +0,81%, a 125,401,36 pontos com volume financeiro de R$ 25 bilhões. O IBOV segue em tendência de alta no longo prazo, porém um movimento de queda no curto prazo foi consolidado, após encontrar grandes dificuldades de seguir acima dos 130 mil pontos, em seguida romper abaixo dos 124 mil pontos e cruzar abaixo da média móvel curta (21 períodos). O investidor estrangeiro continua a sair da bolsa; em 19 de julho, segunda-feira, houve retirada de R$ 827,39 milhões da B3, já tirou R$ 4,7 bilhões no acumulado de julho; no ano, saldo é positivo em R $ 43,31 bilhões.
Indicadores |
EUA: Balanços de Coca-Cola, Johnson & Johnson, Verizon e Whirlpool |
EUA / DoE: Estoques de petróleo da semana até 16/07 (11h30) |
Receita: Arrecadação federal em junho (11h30) |
BC: Fluxo cambial semanal (14h30) |