Brasil: a semana termina com a sanção do Orçamento de 2021 pelo presidente Bolsonaro, com vetos cortando R$19,8 bilhões entre emendas parlamentares e gastos discricionários (não obrigatórios) do poder executivo, isso é positivo do ponto de vista que mais uma página foi virada, mesmo que aquém do ideal e gerando muito desgaste com a equipe econômica que perde capital político para negociar com o congresso medidas importantes daqui para frente. Já o ministro da Economia, Paulo Guedes, participa à tarde de sessão no Senado sobre Mercosul.
Além dos fatores políticos, que pesam muito na bolsa brasileira, a temporada de balanços do primeiro trimestre de 2021 das empresas brasileiras começou, hoje com Usiminas e Hypera. A Usiminas comprova o bom momento do setor, reverte prejuízo e registra lucro líquido de R$ 1,2 bilhão no 1TRI e o volume de vendas de aço da empresa cresceu 20% ante o mesmo período de 2020. Os investidores ficarão de olho para ver como as companhias desempenharam em mais um trimestre desafiador na economia diante das restrições causadas pela pandemia.
Cenário global: no exterior, as atenções estão voltadas para o plano do presidente dos EUA, Joe Biden, de elevar os impostos sobre os mais ricos, incluindo o maior aumento da história nas taxas sobre ganhos de capital (investimentos), para financiar 1 trilhão de dólares em cuidados infantil, educação e licença paga para trabalhadores. As bolsas europeias não conseguiram faturar totalmente os bons PMIs regionais e as vendas no varejo britânico. De todo modo, os dados impedem uma queda maior dos índices.
NY/Futuros: Dow Jones sobe 0,14%, S&P 500 +0,23% e Nasdaq +0,22%; Europa: índice Stoxx 600 Europe opera em baixa de 0,45%, aos 437,66 pontos; Zona do euro/IHS Markit: PMI Composto preliminar sobe a 53,7 em abril, ante consenso de 52,9; O petróleo tipo Brent em Londres avançava 0,29%, a 65,59 dólares por barril; Ouro sobe 0,29%, para US$ 1.778,15 a onça-troy.
Ibovespa: fechou em queda na quinta-feira, perdendo o patamar dos 120 mil pontos, contaminado pelo viés negativo em Wall Street e caminhando para um desempenho em baixa na semana pela primeira vez desde março. Apesar do recuo, o índice segue consolidando uma tendência de alta no curto prazo, após operar acima do nível dos 120 mil pontos e deixando para trás uma zona de congestão em torno dos 115 mil pontos. No longo prazo, ao ficar acima da média móvel de 200 períodos (linha azul), mantém a sua tendência de alta.
Indicadores: |
Brasil |
Balanços de Usiminas, antes da abertura, e Hypera, após o fechamento do mercado |
EUA |
Balanço de American Express (8h) |
Último dia da Cúpula do Clima organizada pelo presidente Joe Biden (9h) |
IHS Markit: PMI composto preliminar de abril (10h45) |
NAR: vendas de moradias novas em março (11h) |
Baker Hughes: poços de petróleo em operação (14h) |
Europa |
Zona do Euro/IHS Markit: PMI composto preliminar de abril (5h) |
Reino Unido/IHS Markit: PMI composto preliminar de abril (5h30) |
Rússia: BC divulga decisão de política monetária (7h30) |
Ásia |
Japão: PMI Industrial preliminar de abril (21h30) / Inflação (20h30) |