Resumo dos Analistas: passada a euforia, os problemas voltam à tona

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Destaques (José Falcão Castro):

• Conforme comentamos, passada a euforia da eleição presidencial americana e esperança de nova vacina super eficaz da Pfizer, os problemas voltam à tona; o contínuo crescimento de casos da covid, sobretudo nos EUA e indicador industrial abaixo das expectativas na Europa, levam os mercados globais à realização de lucros, após o forte “rali” dos últimos dias;
• Há instantes, o Dow Jones futuro caia 0,41%, porém, a recuperação do Nasdaq continua (+0,50%), pois empresas de tecnologia sofrem menos impactos ou tendem a se beneficiar da aceleração digital que o isolamento impulsiona;
• Na Europa, a produção industrial da zona do euro caiu 0,4% em setembro ante agosto e frustrou a expectativa de alta (+0,8%); Frankfurt cai 0,55%, Londres (-0,33%), Paris (-0,72%);
• Mais cedo, as bolsas asiáticas fecharam mistas; Xangai teve o terceiro pregão de queda (-0,11%), em meio à pressão regulatória do Partido Comunista Chinês sobre empresas de tecnologia; Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,68%;
• No Brasil, teremos uma bateria de balanços a serem divulgados após o fechamento do pregão: Sulamérica, BR Malls, C&A, Centauro, Cyrela, Eneva, Hapvida, Natura, Oi, Vivara, Bradespar, Sabesp, dentre outras;  
• Os ruídos políticos internos voltam com força total, porém o mercado até reagiu bem e parece não levar a sério as declarações conturbadas do Presidente e do Ministro da Economia.

Análise Gráfica – IBOV (José Falcão Castro):

• Após seis pregões consecutivos de alta, o índice Bovespa conseguiu interromper o movimento de queda, deixando o nível (fundo) de 93.300 muito para traz;  
• No curto prazo, retomou uma forte tendência de alta, porém precisa romper a máxima do dia 29 de julho (105.700) para começar a consolidar uma possível tendência de alta no longo prazo e seguir rumo aos 109.000;

• Suporte: 99.000 (média móvel de 21 períodos)
• Resistência: 105.700 (máxima do dia 29 de julho)

Cenário global e bolsa brasileira ontem (Murilo Breder):

• O movimento de retorno à normalidade, com retração das ações de tecnologia e avanço dos papéis dos demais setores da economia, ainda deve prosseguir por mais alguns pregões. ontem, porém, foi um dia de respiro após seis pregões consecutivos de alta na Bolsa brasileira;

• Dominado principalmente por ruídos de políticos após falas de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro, o principal índice de ações brasileiro recuou -0,25% e a inversão de fluxo foi paralisada pelo menos por hoje.

Cenário corporativo:

• Dessa forma, empresas como Magalu, Totvs e Via Varejo que caíram mais forte nos últimos dias, mas voltaram a subir ontem;

• Já as ações da Petrobras (PETR4, -0,9%), após saltarem até 19% em dois pregões, caíram, mesmo com uma nova alta do petróleo;

• A pausa na inversão de hoje, no entanto, é natural em um ambiente de renda variável e não carece de maiores preocupações;

• Por fim, atenção ao dólar. Apesar da maior expectativa de um recuo na moeda norte-americana após a eleição de Biden, o dólar voltou a mostrar força no dia de hoje ao subir +0,4% e fechar em R$ 5,42. 

* Esse é um conteúdo de análise de um especialista de investimentos da Easynvest, sem cunho jornalístico.