O dólar pode chegar a R$ 4,50? O ministro da Economia, Paulo Guedes, acredita que esse é o câmbio de equilíbrio. O que dizem os analistas? O dólar vai cair? Ou ainda pode subir mais ainda? Esse é o tema do Boletim InvestNews desta quinta-feira (8), com Karina Trevizan.
Marília Fontes, sócia-fundadora da Nord Research, explica que “quando a gente calcula o câmbio de equilíbrio, a gente leva em consideração algumas variáveis como termos de troca, risco Brasil”. “E, quando você olha essas variáveis, elas indicam um câmbio mais baixo mesmo, em torno de R$ 4,50, R$ 4,70″, afirma ela.
Já Bruno Komura, estrategista de renda variável da Ouro Preto afirma que “essa questão de câmbio de equilíbrio é uma coisa distante hoje da nossa realidade”. “Pensando no curtíssimo prazo ou até num horizonte mais para o final do ano, eu acho muito difícil a gente começar a ir em direção a esse patamar de câmbio. Eu acho que a tendência vai ser continuar nesse nível que a gente está. Acima de R$ 5 com certeza.”
Entre os motivos que impedem que o dólar chegue ao chamado patamar de “equilíbrio”, Jansen Costa, sócio-fundador da Fatorial Investimentos, diz que “o problema atual que a gente tem é o fiscal”. “E o fiscal o mercado tem medo, o estrangeiro tira o dinheiro daqui e, obviamente, coloca o dólar numa posição de risco, desvalorizando a nossa moeda local.”
“E existe uma expectativa de que com as privatizações, com as reformas andando, com uma trégua no ambiente político, nós possamos ter um câmbio mais apreciado”, comenta Rossano Oltramari, sócio e estrategista da 051 Capital. “Se de fato isso acontecer nós podemos ter um câmbio mais apreciado. Não sei se aos R$ 4,50 que o ministro comenta, mas um valor mais condizente.”
O Boletim InvestNews faz ainda um resumo de outras notícias de economia, como a disparada da ação da Magazine Luiza (MGLU3), cotação do dólar, fechamento do Ibovespa, maiores altas e maiores quedas da bolsa.