A Ambev reportou seu balanço do 2º trimestre deste ano. Foram números sólidos, a companhia mais que dobrou o seu lucro, chegando perto dos R$ 3 bilhões. Também foi visto um forte volume de vendas no período, tanto no Brasil como fora dele. A companhia registrou o maior volume de vendas da sua história num segundo trimestre.
Porém, a empresa tem um grande desafio pela frente. E se chama: custos. Eles tiveram um aumento de 20% no período. As matérias-primas usadas pela companhia, somado ao real desvalorizado frente ao dólar, levou o hectolitro produzido subir mais rápido que os preços médios cobrados – o que não agradou muito o mercado. As ações da Ambev (ABEV3) chegaram a registrar baixa de mais de 4% intradia depois da divulgação do balanço.
A questão é que analistas do mercado tanto vêm o copo meio cheio como meio vazio. Os mais otimistas enxergam melhorias no futuro além de estratégias de inovação. Já os nem tão otimistas defendem que o cenário é desafiador e que as despesas devem pesar ainda mais no ano que vem.
Como a companhia investiu mais em novas iniciativas, como por exemplo o Zé Delivery e o BEES – uma plataforma que permite a bares e restaurantes comprar da Ambev itens que vão além da cerveja-, obviamente que as despesas gerais e administrativas subiram.
Mas os frutos destas iniciativas já estão aparecendo, já que 70% dos clientes da Ambev já fazem compras no BEES, por exemplo. A plataforma fez R$ 9 bilhões em GMV (métrica criada pra calcular o volume bruto de mercadoria dentro de plataformas digitais).
O volume de vendas da companhia disparou 19% no 2º trimestre quando comparado a igual período do ano anterior. Esse resultado mostra como a empresa soube driblar a pandemia, que aliás, alterou completamente o cenário. A questão é se o preço atual dos papeis reflete essa mudança. E isso vai depender do valuation que os investidores fazem dela.
No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio trazem todos os detalhes do balanço do 2º trimestre de 2021 da maior cervejaria do mundo.
