Mais uma das consequências causadas pela guerra de Vladmir Putin contra a Ucrânia é o risco de desabastecimento e consequente alta no preço dos fertilizantes. O item é usado em larga escala seja nas plantações assim como nas rações usadas na criação de bovinos, suínos e aves. Analisando o cenário doméstico, ao menos 80% de todo fertilizante utilizado nas lavouras brasileiras é importado, segundo o Comex Stat, do Ministério da Economia.
A Rússia é o segundo maior exportador de petróleo do mundo e o maior de fertilizantes fosfatados. Já a Ucrânia é o maior exportador de óleo de girassol e está entre os cinco maiores de milho, globalmente. Juntos, estes dois países exportam aproximadamente 30% do trigo e 20% do milho consumidos em todo o planeta.
Logo, empresas brasileiras ligadas ao agronegócio devem sentir o impacto a médio prazo, já que no curto, muitas ainda têm estoque e o pagamento do item foi fechado pelo preço de antes da guerra.
Entre as companhias que estão na linha de frete quanto aos efeitos da crise dos fertilizantes está a candidata mais óbvia: a Fertilizantes Heringer (FHER3). A empresa recebe compostos com nitrogênio, fósforo e potássio e os combina em diferentes proporções para fazer a mistura que resulta em fertilizante que é vendido ao produtor agrícola. O que significa que seus custos vão aumentar com a guerra e esse efeito deve ser repassado.
Neste Cafeína, Samy Dana e Dony De Nuccio mostram como SLC (SLCE3), BrasilAgro (AGRO3), Terra Santa (LAND3) , Kepler Weber (KPLE3), JBS (JBSS3), BRF (BRFS3) e Marfrig (BEEF3) podem ser impactadas pela falta de fertilizantes e a consequente alta nos preços.