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Localiza, Unidas e Movida: o futuro das locadoras

No Cafeína de hoje, Samy Dana e Dony De Nuccio trazem uma análise das três companhias e do setor na retomada da economia no pós-pandemia

A fusão anunciada em setembro entre as locadoras de carros Localiza (RENT3) e Unidas (LCAM3) pegou investidores e analistas de surpresa. Apesar de ainda não ter sido aprovado pelo CADE, o órgão regulador antitruste, há grandes expectativas acerca do negócio. As ações das duas companhias chegaram a subir mais de 10% no dia que a fusão foi sinalizada ao mercado.

Segundo analistas, com a frota combinada de 470 mil carros, a nova Localiza, que já é considerada a maior empresa de locação de carros do país, será em média 4,3 vezes maior que a concorrente Movida (MOVI3). A fusão com a Unidas, que é considerada a maior no quesito de gestão e terceirização de frotas para empresas, criaria um gigante.

O período de pandemia foi um desafio para o setor. E para driblar os efeitos da crise, as três companhias apertaram o cinto nas despesas, concederam maiores descontos aos clientes e aceleraram na venda de seminovos e na locação para frotas de empresas.

E apesar dos resultados não tão satisfatórios no segundo trimestre, o terceiro veio dando bons sinais de recuperação. A Unidas, por exemplo, teve o maior faturamento da sua história em um único trimestre, contabilizando um crescimento de quase 40%, enquanto a Localiza registrou alta de 19% em sua receita líquida.

No último balanço da Movida, o que surpreendeu foi o caixa robusto da empresa, suficiente para passar pela crise. Agora, a companhia terá de criar estratégias para competir com a nova empresa que se forma a partir de Localiza e Unidas, que juntas passarão a ter 47% do marketshare e uma receita de R$ 14 bilhões se de fato for aprovada a união.

Para os acionistas, a fusão trará um potencial de ganho de mais de 13% com as ações de ambas, segundo o banco Credit Suisse. A divisão das ações do capital social da futura empresa será de pouco mais de 77% para os acionistas da Localiza, e de 33% para acionistas da Unidas.

Agora é aguardar os próximos passos da negociação que será definida após a aprovação do Cade, no dia 12 de novembro. Enquanto isso, o Cafeína traz a análise das três companhias em mais um “Por dentro do Negócio”.

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