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Cafeína

Taxa de juros nos EUA: cenário de alta por mais tempo afeta os investimentos

Veja neste Cafeína qual o efeito da fuga de investidores estrangeiros da bolsa brasileira – dado a alta de juros nos EUA – e como proteger a carteira.

A maior economia do mundo vem passando por um cenário conhecido pelos brasileiros: a inflação em alta. Porém, o efeito da alta dos preços nos Estados Unidos não reflete apenas no país, mas também em outras economias ao redor do mundo, o que também atinge os mercados globais.

A alta no juro americano para conter a alta nos preços segue impactando o lucro das empresas. A temporada de balanços nos EUA mostrou gigantes, como, Apple e Alphabet, com lucros 10% e 34% menores, respectivamente. Com isso, as ações destas e outras companhias são impactadas. O que já era aguardado – e precificado – por Wall Street.

Mas juros mais altos impactam também ativos de renda fixa, como, os prefixados. Os títulos emitidos quando as taxas estavam menores perderam a atratividade, logo, sofrem a chamada marcação a mercado para aqueles que se desfizerem dos papéis antes do vencimento. Este efeito é ainda maior nos títulos de longa duração.

Mas para além da renda fixa e variável, a alta nos juros americanos tendem a balançar câmbio, já que o maior rendimento dos títulos o tesouro americano, considerados os mais seguros do mundo, faz aumentar a busca por dólar. E o dólar cada vez mais atrativo faz crescer a pressão para outros bancos centrais manterem suas taxas elevadas para evitar essa fuga para a moeda americana, o que poderia alimentar a inflação local por meio de produtos importados.

Para quem investe em ações no Brasil, analistas pontuam que os mercados estão todos interligados e, com a maior aversão ao risco internacional, tende a diminuir a entrada de estrangeiros no país. O que representa um risco ainda maior dado o cenário atual, em que os investidores internacionais têm impedido quedas mais drásticas, comprando bolsa brasileira, enquanto os  gestores locais seguem vendendo para honrar saques dos fundos de ações. Sem os “gringos”, a pressão para a bolsa brasileira cair tende ser ainda maior.

No acumulado de março até o dia 20, o saldo de investimento estrangeiro (entradas e saídas) no Brasil estava negativo em US$ 2,5 bilhões. O que significa que no período houve maior registro de saída de capital.

Entenda este efeito nos investimentos e como se proteger de maiores oscilações na carteira, neste Cafeína.

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