A indústria automotiva ainda está longe de oferecer um carro elétrico com preço realmente acessível.
É verdade que muito já foi feito nesse sentido com as recentes estreias de BYD Dolphin e GWM Ora 03, que elevaram o sarrafo do segmento de entrada ao oferecer produtos mais completos, seguros e modernos pelo mesmo valor dos modelos elétricos de entrada oferecidos até então. Mas a tecnologia ainda não está ao alcance da maioria dos consumidores, mesmo nos países onde a eletrificação já caminha a passos largos.
Stellantis terá mais híbridos em breve
Enquanto isso não acontece, o setor busca alternativas para acelerar os planos de descarbonização, uma vez que as metas de zerar emissões de poluentes foram estabelecidas há tempos.
No Brasil, tudo aponta para a popularização da tecnologia híbrida flex, que atualmente é difundida apenas pela Toyota nos modelos Corolla Cross e Corolla sedã.
É provável que a marca japonesa logo ganhe a companhia da Stellantis. No mês passado, a fabricante apresentou quatro plataformas de sua estratégia de descarbonização.
A base Bio-Hybrid deve estrear em breve, uma vez que possui a tecnologia híbrida leve – cuja aplicação é mais simples de ser realizada. Isso porque o sistema inclui um pequeno gerador de 4 cv que faz o papel de alternador. Ele dá um torque extra para o carro quando está em baixa rotação (como na partida do motor), e mantém o veículo em movimento quando está em velocidade de cruzeiro. Além disso, o sistema start-stop desliga o motor para cortar as emissões.
O Bio-Hybrid e-DCT tem um motor elétrico de 22 cv (16 kW) capaz de tracionar o veículo e com uma bateria de 1 kWh. O propulsor elétrico, porém, não move as rodas diretamente, ficando dentro da transmissão de dupla embreagem.
Já o Bio-Hybrid Plug-In é um híbrido do tipo plug-in, ou seja, combina o motor a combustão com um motor elétrico de 60 cv (44 kW) e baterias de 12 kWh, que podem ser carregadas por uma tomada.
“Queremos potencializar as virtudes do etanol, como combustível renovável, cujo ciclo de produção absorve a maior parte de suas emissões, combinando a propulsão à base do biocombustível com sistemas elétricos”, declarou Antonio Filosa, presidente da Stellantis para América do Sul.
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