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Conheça os países que vão participar da Copa do Mundo e têm BDRs na B3

Você pode torcer e escalar um portfólio de investimentos que tenha relação com o torneio mundial.

Gabriela Shibata. Divulgação B3.

Sabemos que o campeonato de futebol entre seleções atrai os olhares de todo o planeta. São 195 países acompanhando a performance das 32 seleções que garantiram a vaga para disputar o mundial de futebol, que este ano acontece no Catar. 

O impacto que o evento causa na vida de milhares de pessoas ao redor do planeta é enorme. Só para se ter uma dimensão, a expectativa é que ao menos 4 bilhões de pessoas, ou seja, metade de toda a população do planeta Terra, acompanhem o mundial. 

Por outro lado, o torneio coloca em contato pessoas das mais variadas culturas que, durante 28 dias, se sentem um pouco mais pertencentes a um mundo gigante e altamente globalizado e, ao mesmo tempo, unidos por uma causa maior que é o esporte. Mas você já parou para pensar que o campeonato de futebol também pode trazer oportunidades para os investidores com os países que entrarão em campo no Catar?

Por meio da B3, a bolsa de valores do Brasil, é possível chegar um pouco mais perto de alguns países, escalar alguns ativos para o portfólio e investir em ativos que representam empresas estrangeiras sem nenhuma burocracia, como se estivesse comprando uma ação em real, aqui do Brasil. 

Isso é possível já que na B3 são negociados os Brazilian Depositary Receipts (BDRs), que são recibos de ações de empresas com sede no exterior. Os BDRs podem ser patrocinados, quando a empresa em questão participa da emissão dos ativos, ou não patrocinados, quando essa emissão é feita diretamente por um banco depositário, sem a participação da empresa. A segunda modalidade é predominante entre os BDRs negociados na bolsa do Brasil. 

Dos países que estão disputando a Copa do Catar, 15 deles têm BDRs negociados na B3: a tetracampeã Alemanha, além de Austrália, Bélgica, Canadá, Coreia do Sul, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, Japão, México, País de Gales e Suíça. 

Sentiu falta de algum? A seleção pentacampeã do mundo não é mesmo? Mas muitos podem estar se perguntando: como o Brasil pode ter BDRs negociados aqui? É que uma empresa localizada no Brasil pode optar por ter sua sede em outro país e negociar ações na bolsa de lá, como uma empresa local. Aí, para ser negociada também no Brasil, ela ou uma instituição depositária podem emitir BDRs.

Esses 15 países que eu citei possuem um total de 748 BDRs negociados na B3, o que representa 88% de todos os BDRs negociados na bolsa. Só os Estados Unidos respondem por 91% desses 748 BDRs. 

O setor com mais BDRs negociados, entre os países que disputam o mundial, é o de serviços financeiros, com 148 ativos, seguido pelo de tecnologia, com 121 ativos, e o industrial, com 75. 

Mas as opções não param por aí. Têm empresas de quase 60 setores diferentes disponíveis, o que mostra que o investidor com esse produto pode buscar diversificação para seu portfólio, já que os BDRs proporcionam exposição aos mercados internacionais, em diferentes classes de ativos, setores, geografias e moedas.

Hoje são quase 1,5 milhão de investidores pessoas físicas em BDRs na bolsa do Brasil, representando 28% do estoque total do produto. O saldo mediano das pessoas físicas em custódia nesse produto é de R$ 79. 

Quem ficou interessado em conhecer mais sobre essa modalidade de investimento, pode acessar as trilhas de conhecimento do Hub de Educação da B3. Além disso, a B3 disponibiliza a lista completa de BDRs, bem como seus países e bolsa de origem, no seu site, no campo “Dados consolidados”. 

Depois de avaliar seus objetivos de investimento e apetite ao risco, quem escolher incluir os BDRs em sua carteira de investimento tem a praticidade de investir em ativos listados no exterior, por meio da B3, sem ter que abrir uma conta em corretora estrangeira, se preocupar com conversão cambial, emitir remessas internacionais ou negociar em um ambiente desconhecido. 

Além de ajudar a diversificar os investimentos, os BDRs possuem proteção cambial, já que o risco é calculado no Brasil e a presença de formadores de mercado em tela garantem liquidez ao produto, inclusive, acessando o pool de liquidez disponível no exterior.

Agora, com todas essas informações em mãos e entrando no clima da Copa, você já pode começar a escalar seu time e os BDRs podem ser uma boa opção para formar seu meio de campo.

Gabriela Shibata é gerente de Produtos Cash Equities da B3.

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