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VW Jetta GLI é exemplo de segmento que vai sumir nos próximos anos

Sedã esportivo tem mudanças pontuais e segue solitário em uma das categorias ofuscadas pelo sucesso dos SUVs.

A popularidade dos SUVs não resultou apenas em uma enxurrada de lançamentos no mercado brasileiro. Alguns segmentos encolheram nos últimos anos – como o dos sedãs médios, no qual apenas três modelos disputam a liderança.

Dentro desse grupo existe um nicho ainda menor: o dos sedãs esportivos. Mesmo assim, a Volkswagen resiste com o Jetta GLI, que recebeu uma reestlização há alguns meses, mas só agora foi apresentado à imprensa especializada.

Por R$ 216.990, o modelo é trazido do México em versão única de acabamento. Além da atualização no design, o Jetta GLI traz novo volante e uma central multimídia de 10,1 polegadas. Bem equipado, ele tem itens como 6 airbags, controle de cruzeiro adaptativo e teto solar panorâmico.

O motor 2.0 turbo teve ganho de apenas 1 cv e agora entrega 231 cv, mas o torque máximo permaneceu em 35,7 kgfm. A maior alteração na parte mecânica está no câmbio de dupla embreagem, que agora tem sete marchas em vez de seis. Segundo a fabricante, o sedã precisa de 6,7 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h e atinge a velocidade máxima de 249 km/h.

Vitimas dos SUVs

O Jetta GLI não é o único modelo que reina solitário em uma categoria. Existem dois bons exemplos na linha de carros da Chevrolet.

O primeiro deles é o Cruze Sport6, que hoje é o único hatch médio vendido por uma fabricante nacional. A categoria já foi sinônimo de prestígio, a ponto de quase todas as grandes montadoras contarem com um representante em sua gama.

Hoje, o Cruze é a única opção, tanto é que é vendido apenas na versão RS. Apesar de investir no estilo esportivo, o carro traz o mesmo motor 1.4 turbo de até 153 cv que até pouco tempo atrás podia ser encontrado no restante da linha.

O segundo exemplo é a Spin. Lançada em 2012, a minivan completou uma década de existência, e se mantém em linha justamente por ser a única opção de carro com sete lugares abaixo dos R$ 200 mil. E olha que barata ela não é: algumas versões já passam dos R$ 120 mil. Mesmo assim,  a Spin ainda é bastante procurada por taxistas e frotistas, que ainda enxergam nela um bom negócio por conta do custo de manutenção.

Todos os modelos citados trazem algo em comum: o fato de terem sido ofuscados pelos SUVs, que conquistaram o coração do consumidor. Se tudo continuar assim, são grandes as chances desses modelos darem adeus em poucos anos.

*Vitor Matsubara é jornalista automotivo e editor do Primeira Marcha. Tem passagens por Quatro Rodas, de 2008 a 2018, e UOL Carros, de 2018 a 2020.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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