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Voz humana pode revelar doenças? Veja o que diz pesquisa

Ainda há um caminho a ser percorrido no sentido de melhorar a precisão desses métodos de análise.

Fonte: Freepik.

O avanço da tecnologia e seus impactos na sociedade podem ser vistos em diversas áreas, incluindo na saúde – e os avanços não param. Cientistas trabalham para detectar doenças e distúrbios através do som da voz. Segundo uma equipe de pesquisa do Instituto Nacional de Tecnologia de Sardar Vallabhbhai, na Índia, liderada por Pankaj Warule, um engenheiro eletrônico, o som da voz humana e os padrões de frequências podem ser indicativos de condições como resfriados e outras enfermidades.

O estudo de vozes “resfriados” e “saudáveis” foi realizado ao analisar gravações das vozes de 630 pessoas, em que 111 delas estavam com resfriado. A equipe utilizou algoritmos de aprendizado de máquina para identificar relações entre as amplitudes dos harmônicos e identificar padrões que poderiam distinguir as vozes “doentes” das vozes saudáveis. Essa pesquisa é parte de um esforço mais abrangente de médicos, psiquiatras e cientistas da computação para detectar biomarcadores de doenças em dados coletados sobre como as pessoas falam, escrevem e se movem.

Entretanto, assim como toda inovação, o diagnóstico da voz “resfriada” ainda não é perfeito, diagnosticando corretamente um resfriado em apenas 70% dos casos – precisão insuficiente para aplicação em situações práticas. Além disso, há ressalvas também quanto às implicações éticas envolvendo a privacidade dos indivíduos, dependendo de como (e em qual situação) as vozes seriam capturadas para análise.

A pesquisa de padrões e frequências na voz humana pode ser uma ferramenta valiosa para diagnosticar doenças e auxiliar não apenas profissionais da saúde, como empresas, no diagnóstico precoce de enfermidades. No entanto, ainda há um caminho a ser percorrido no sentido de melhorar a precisão desses métodos e de analisar as preocupações éticas envolvidas. De qualquer forma, é possível que o método se torne parte importante da nossa vida prática no futuro, já que poderia ser um grande aliado da saúde coletiva, das empresas e dos planos de saúde.

As informações desta coluna são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews e das instituições com as quais ele possui ligação. 

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