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‘Bitcoin é jogo de azar’, diz Warren Buffett; mas será mesmo?

Bem fundamentado, o BTC já valorizou 290% desde quando o megainvestidor começou a criticar a criptomoeda, em 2018.

Warren Buffett, CEO do Berkshire Hathaway Inc 05/05/2018. REUTERS/Rick Wilking/File Photo

*ARTIGO

Warren Buffett é um dos nomes mais conhecidos do mercado financeiro. Ele é chamado de “oráculo de Omaha” por sua habilidade em investimentos e seu sucesso no longo prazo. No entanto, sua visão sobre o bitcoin (BTC) é bastante negativa. Em uma entrevista recente, ele chegou a chamar a criptomoeda de “ficha de jogo”.

“Bitcoin é uma ficha de jogo e não tem qualquer valor intrínseco. Mas isso não impede as pessoas de quererem jogar a roleta”, disse Buffett em entrevista à CNBC.

Warren Buffett em entrevista à CNBC. (Imagem: Reprodução/Tweet da Squawk Box)

Essa não é a primeira vez que Buffett critica o bitcoin, desde 2018 ele mostrado uma postura cética em relação ao ativo digital. Em suma, ele acredita que BTC não é um investimento seguro, e tem dito que a cripto é um objeto de especulação e não um meio de troca legítimo.

Contudo, apesar da conduta negativa do megainvestidor, a cada ano cresce o número de pessoas que acreditam no bitcoin como um excelente investimento, e que pode até mesmo vir a se tornar, em um futuro próximo, uma reserva de valor melhor do que moedas de países e até mesmo o ouro. Isso porque a oferta de BTC é matematicamente limitada, o que promove escassez, faz seu valor aumentar e ainda evita a inflação.

Buffett x BTC: o ‘fight’ histórico de gigantes

Apesar do BTC ter sido o melhor ativo da década por três vezes seguidas, superando até mesmo ações de empresas como Amazon, Apple e da Berkshire, da qual Buffett é controlador, o bilionário mantém sua fala de aversão à moeda.

Pela sua tese de investimentos, Buffett acredita que a falta de dividendos e juros compostos torna o bitcoin um ativo sem valor intrínseco. Além disso, ele argumenta que a criptomoeda não tem um uso prático no mundo real como um meio de pagamento, e que seu valor é puramente baseado em especulação.

No entanto, muitos outros megainvestidores de renome discordam do posicionamento de Buffett. Por exemplo, os bem-sucedidos Paul Tudor Jones e Stanley Druckenmiller elogiam a criptomoeda e têm investido nela como uma forma de diversificar seus portfólios desde anos atrás.

Então, apesar do histórico de sucesso de Warren Buffett no mercado de ações, o posicionamento do investidor em relação ao BTC tem um “quê” de equívoco. Afinal, a moeda tem características exclusivas, e que não devem ser descartadas.

Fundamentos que não se podem ignorar

O bitcoin é descentralizado e funciona independente de bancos centrais ou governos. Sem contar que ele é baseado na tecnologia blockchain, que garante sua segurança e confiabilidade.

Abaixo, estão algumas características que tornam o BTC único, totalmente distinto dos produtos financeiros tradicionais, tais como os que Buffett investe:

  • Escassez: o bitcoin tem um limite máximo de 21 milhões de unidades, o que o torna um ativo escasso e valorizado;
  • Fungibilidade: todas as unidades da moeda são iguais e intercambiáveis, garantindo sua fungibilidade como dinheiro;
  • Divisibilidade: cada BTC é divisível em até 8 casas decimais. Ou seja, ele pode ser utilizado em transações de qualquer valor, sem se prender à quantia de 1 bitcoin inteiro;
  • Transações irreversíveis: sua imutabilidade de registros confere segurança e evita fraudes à rede, pois são impossíveis de serem modificadas ou apagadas do sistema;
  • Transparência: como todas movimentações na rede ficam registradas no blockchain, sua utilização é 100% transparente e auditável.

Buffett é um megainvestidor. Mas…

De fato, Buffett tem um sucesso inquestionável no mercado financeiro tradicional. Porém, possivelmente ele está equivocado em sua visão negativa em relação ao bitcoin.

Além disso, apesar da crítica constante do Warren Buffett em relação à criptomoeda, é importante ressaltar que o posicionamento do bilionário não altera o fato do BTC ser um ativo brilhante.

Na verdade, ela só reforça a característica “antifrágil” da moeda: em outras palavras, a sua capacidade de prosperar em meio a adversidades e de se tornar ainda mais forte em meio ao caos e pronunciamentos “audaciosos”.

É por essas e por outras que, em um mundo cada vez mais digital, o futuro das criptomoedas tende a ser extremamente promissor — e o bitcoin é o principal ativo pautado para liderar esse cenário.

Mayara é co-autora do livro “Trends – Mkt na Era Digital”, publicado pela editora Gente. Multidisciplinar, apaixonada por tecnologia, inovação, negócios e comportamento humano.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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