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Energia renovável no bitcoin ultrapassa 50%, diz Bloomberg Intelligence

Esses dados podem fazer com que Elon Musk volte a aceitar pagamento em BTC pela Tesla.

*ARTIGO

No mundo da mineração de bitcoin (BTC), um marco importante foi alcançado recentemente. De acordo com uma análise detalhada conduzida pelo analista de mercado de criptomoedas do Bloomberg Intelligence, Jamie Coutts, mais de 50% da energia utilizada agora provém de fontes renováveis.

“A narrativa energética do #Bitcoinestá mudando! Uma nova nota publicada esta manhã no Terminal Bloomberg analisa o rápido aumento de fontes de energia sustentáveis ​​na mineração de $BTC”

Jamie Coutts, pelo X (antigo Twitter)

O especialista compartilhou que a análise considerou o período de setembro de 2019 a junho de 2023, rastreando a evolução da proporção de energia limpa usada em todo ecossistema do bitcoin. Foram vários fatores que levaram à mudança.

Os dados do gráfico abaixo revelam informações interessantes. A tonalidade cinza representa o uso de energia sustentável no ecossistema do bitcoin, enquanto a linha azul representa a quantidade de carbono emitido em quilotoneladas e a rosa mostra a trajetória do preço do BTC no período analisado.

Uso de energia renovável do bitcoin passa 50%. (Imagem: Reprodução/Bloomberg Intelligence)

De acordo com Coutts, a proibição da mineração de bitcoin na China em 2021 foi um dos motivos dessa mudança. Os mineradores chineses tiveram que buscar em outros locais para continuar a prática. Esse grande movimento para países com políticas mais favoráveis favoreceu o uso de fontes energéticas mais sustentáveis do que na China.

Mas a proibição chinesa não foi um fator isolado. Junto a ela, também houve aumento da conscientização ambiental entre big players, incluindo empresas como a tether (USDT), que está investindo em energia renovável para minerar bitcoin no Uruguai.

Por fim, outro fator importante é o desenvolvimento tecnológico. Avanços na eficiência dos equipamentos de mineração de bitcoin estão permitindo que mineradores operem de maneira mais eficaz e com menor gasto energético.

Mudança do mix energético na rede bitcoin ao longo dos anos. (Imagem: Reprodução/Bloomberg Intelligence)

O futuro e a dinâmica energética global

Essa mudança é uma notícia positiva extremamente para toda a indústria de cripto, que frequentemente enfrenta críticas devido ao seu impacto ambiental. A questão do consumo excessivo de eletricidade sempre foi uma das principais preocupações. 

Por isso, a análise de Jamie Coutts pode ser um “game changer”. Em última instância, ela não apenas atende às expectativas ambientais, mas também pode tornar o bitcoin mais atraente para investidores institucionais e empresas preocupadas com a sustentabilidade.

Afinal, Elon Musk havia declarado em 2021 que a Tesla (TSLA34) retomaria sua aceitação dos pagamentos de BTC depois que o uso de energia limpa pelos mineradores excedesse 50%. Eventualmente — se o ego deixar —, essa mudança energética na rede do bitcoin pode fazer com que Musk honre sua palavra.

“Quando houver confirmação do uso razoável (~50%) de energia limpa pelos mineradores com tendência futura positiva, a Tesla voltará a permitir transações de bitcoin”, disse o empresário na ocasião.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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