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FTX: corretora pode retornar operação em breve

Buscando ressurgir das cinzas, a exchange está negociando com três empresas a retomada de suas operações nos EUA.

* ARTIGO

A corretora FTX, que já foi uma das maiores do mundo no mercado de criptomoedas, está atualmente envolvida em negociações com três empresas com o objetivo de retomar suas operações nos Estados Unidos. 

Essas negociações, que oferecem uma luz no fim do túnel para a FTX, foram reveladas durante uma audiência no Tribunal de Falências de Delaware pelo banqueiro de investimentos Kevin M. Cofsky, da Perella Weinberg Partners. 

Logo da FTX 31/03/2023 REUTERS/Dado Ruvic/Ilustração

A empresa está considerando diferentes opções para recuperar sua posição no mercado mediante a três licitações, sendo que uma delas é vender toda a plataforma, incluindo sua extensa base de mais de 9 milhões de clientes

Ainda nesse cenário, a corretora está procurando um parceiro que ajude a restaurar suas operações. Segundo Cofsky — que está confiante com a operação —,  um acordo de parceria ou até mesmo a venda da plataforma tem prazo limite fixado em 16 de dezembro.

“Estou otimista de que teremos um plano para uma troca reorganizada, um acordo de parceria ou uma negociação de venda, antes ou até o prazo de 16 de dezembro”

banqueiro de investimentos Kevin M. Cofsky, da Perella Weinberg Partners

Essas negociações podem representar uma chance de recuperação para a FTX, uma vez que busca superar as acusações de fraude e reestabelecer sua presença no mercado de cripto após ter deixado milhões de investidores no prejuízo.

O acordo com os credores

Desde o pedido de falência em novembro de 2022, a FTX tem enfrentado uma árdua batalha para levantar fundos e pagar seus credores. 

Até o momento, a equipe administrativa da corretora conseguiu recuperar aproximadamente US$ 7 bilhões em ativos, sendo US$ 3,4 bilhões em criptomoedas. Entretanto, o desfecho financeiro permanece incerto para os credores da FTX. 

O acordo proposto para a aprovação dos credores oferece a devolução de 90% dos ativos remanescentes após o processo de falência. No entanto, uma questão crucial é que esses 90% se aplicam ao valor restante após a falência, não aos montantes iniciais investidos pelos clientes no FTX.com. 

Esta distinção, que soa como uma “pegadinha”, coloca um grande desafio para os advogados que representam os credores. Afinal, eles buscam reunir um número suficiente de investidores para aprovar o acordo, o que parece — muito — injusto.

Sam Bankman-Fried em julgamento

O julgamento em andamento do fundador da FTX, Sam Bankman-Fried, oferece uma visão aprofundada sobre a história tumultuada da corretora.

De acordo com as alegações, a FTX é acusada de movimentar indevidamente os fundos dos seus clientes para a Alameda Research, uma empresa-irmã da corretora, onde esses recursos foram empregados em operações arriscadas e especulativas.

Sam Bankman-Fried é preso pela polícias das Bahamas em Nassau 13/12/2022 REUTERS/Dante Carrer

Não menos importante, os valores desviados também teriam sido utilizados para aquisições de propriedades luxuosas, em um padrão de vida excessivamente extravagante do seu fundador. Adicionalmente, uma parte desses fundos foi destinada a contribuições políticas, o que intensificou ainda mais a polêmica envolvendo o caso.

Independentemente de a FTX retomar suas operações ou não, este episódio serve como um alerta para a necessidade de mais ceticismo contínuo por parte dos investidores. 

Este cenário, ao mesmo tempo desafiador e instigante, demonstra a necessidade de uma compreensão profunda e crítica do mercado de criptomoedas.

*As informações, análises e opiniões contidas neste artigo são de inteira responsabilidade do autor e não do InvestNews.

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