Arcabouço fiscal começa a tramitar nesta quarta
O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que nesta quarta-feira (19), será anunciado o nome do relator do arcabouço fiscal. De acordo com ele, não haverá surpresa e o nome já está entre os cotados. Há favoritismo para que o relator seja do PP.
“Se tudo for do jeito que estamos pensando, faremos nomeação do relator amanhã” no início da tarde, declarou a jornalistas após participar da assinatura do projeto em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ideia é fazer a nomeação e enviar o texto direto ao Plenário. De acordo com ele, contudo, o relator do arcabouço ainda não está definido e a reunião de hoje foi focada em “formalidades” do projeto. Mesmo sendo do PP, que não compõe a base do governo, o deputado sinalizou que o possível relator não irá dificultar a vida do governo.
“Vamos tratar com muita transparência, discussão franca e nos debruçar de maneira rápida”, declarou. De acordo com ele, há expectativa de se aprovar o texto do arcabouço na Câmara até 10 de maio. Questionado sobre os pontos mais polêmicos da proposta, o deputado evitou falar das dificuldades do texto no Legislativo. “Não vamos antever problemas e polêmicas na tramitação do arcabouço”. Diante disso, Lira disse que há expectativa de o arcabouço ser aprovado por mais de 308 votos.
“Linhas mestras do arcabouço foram traçadas e estão compatíveis”, disse. Segundo Lira, a princípio, “o que está fora da regra é o que é constitucional”. “Nossa confiança é plena e teremos um bom resultado.” Nesse sentido, Lira defendeu medidas que deem tranquilidade a investidores e que haverá um “bom resultado, uma boa lei”.
Além da aprovação do arcabouço, Lira citou também o desafio de discutir o texto da reforma tributária ainda no primeiro semestre. De acordo com ele, o arcabouço será a “antessala” da reforma tributária. “O arcabouço seguirá de base para outras medidas que virão”, pontuou. Mesmo com foco inicial na nova regra fiscal, ele garantiu que haverá uma dedicação “de corpo e alma” à reforma tributária.
CPI da zona do euro anual desacelera a 6,9% em março, confirma revisão
A taxa anual de inflação ao consumidor (CPI, pela sigla em inglês) da zona do euro desacelerou fortemente em março, a 6,9%, atingindo o menor nível em 13 meses, segundo revisão divulgada nesta quarta-feira, 19, pela agência de estatísticas da União Europeia, a Eurostat. O resultado definitivo confirmou a estimativa inicial e veio em linha com a previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal. Em fevereiro, o CPI anual do bloco havia sido de 8,5%.
No confronto mensal, o CPI da zona do euro subiu 0,9% em março, também como previsto no levantamento do WSJ.
Já o núcleo do CPI, que desconsidera os preços de energia e de alimentos, teve acréscimo anual recorde de 5,7% em março, também confirmando o cálculo original e ganhando leve força ante o avanço de 5,6% de fevereiro. Na comparação mensal, o núcleo do CPI aumentou 1,3% em março.
Minério de ferro cai após China emitir alerta de preço
Os contratos futuros de minério de ferro nas bolsas de Dalian e Cingapura caíram nesta quarta-feira, já que outro alerta de preço emitido pelo planejador estatal da China pesou sobre o ânimo do mercado.
A Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China disse que monitoraria o mercado de minério de ferro de perto e tomaria medidas com departamentos relevantes para limitar aumentos irracionais de preços.
“Sentimos que o tom do governo refletido em suas palavras é mais rígido em comparação com o demonstrado em declarações divulgadas em seu WeChat”, disse um analista de minério de ferro de Xangai que pediu anonimato porque não está autorizado a falar com a imprensa.
O minério de ferro mais negociado em setembro na Dalian Commodity Exchange (DCE) encerrou as negociações diurnas com queda de 0,96%, para 777,5 iuanes a tonelada. Os preços do minério de ferro subiram quase 2% até agora este ano.
Na Bolsa de Cingapura, o minério de ferro de referência para maio subiu 0,2%, para 117,95 dólares a tonelada, após registrar perdas na sessão da manhã.
Os preços de dois outros materiais usados na siderurgia, carvão metalúrgico e coque, também caíram, embora em ritmo mais lento. O carvão teve baixa de 0,22%, enquanto o coque recuou 0,1%.
Enquanto isso, o crescimento econômico mais forte do que o esperado na China levantou temores de uma redução dos estímulos no segundo trimestre, pesando sobre os metais ferrosos.
“O desempenho no segundo trimestre é tipicamente mais forte do que no primeiro. Como o desempenho (econômico) é melhor do que o esperado, estamos preocupados que o governo não estabeleça muitas medidas de apoio para impulsionar ainda mais a economia”, disse um analista de minério de ferro.
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