1 – Projeto de lei sobre dívida dos EUA é aprovada na Câmara com amplo apoio bipartidário
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou o projeto de lei para suspender o teto da dívida de US$ 31,4 trilhões na quarta-feira, com o apoio da maioria de democratas e republicanos para evitar um calote catastrófico.
A Câmara, controlada pelos republicanos, votou por 314 a 117 para enviar a legislação ao Senado, que deve aprovar a medida e levá-la à mesa do presidente norte-americano, Joe Biden, antes do prazo final de segunda-feira, quando o governo federal deve ficar sem dinheiro para pagar suas contas.
“Este acordo é uma boa notícia para o povo norte-americano e para a economia norte-americana”, disse Biden após a votação. “Peço ao Senado que o aprove o mais rápido possível para que eu possa sancioná-lo.”
A medida, um acordo entre Biden e o presidente da Câmara, Kevin McCarthy, atraiu a oposição de 71 republicanos linha dura. Isso normalmente seria suficiente para bloquear a legislação partidária, mas 165 democratas – mais do que os 149 republicanos que votaram a favor – apoiaram a medida e a aprovaram.
Os republicanos controlam a Câmara por uma estreita maioria de 222 a 213.
A legislação suspende — em essência remove temporariamente — o limite de endividamento do governo federal até 1º de janeiro de 2025. O cronograma permite que Biden e o Congresso deixem de lado a questão politicamente arriscada até depois da eleição presidencial de novembro de 2024.
2 – Câmara aprova MP da reestruturação do governo
A Câmara dos Deputados aprovou na madrugada desta quinta-feira a medida provisória da reestruturação dos ministérios, após idas e vindas e muita negociação — que envolveu a agilização na liberação de emendas parlamentares — e o texto tem agora de ser aprovado pelo Senado ainda nesta quinta para não perder validade.
Ainda que tenha os deputados tenham aprovado um texto diferente do originalmente proposto pelo Executivo, com desidratações de pastas como a do Meio Ambiente e a dos Povos Indígenas e na última hora a recriação da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), a aprovação, se confirmada pelo Senado, oferece um cenário menos pior para o governo do que a perda de validade de toda a MP.
A proposta é responsável, por exemplo, pelo desmembramento do Ministério da Economia da gestão anterior em quatro pastas: Fazenda, Planejamento e Orçamento, Gestão e da Inovação dos Serviços Públicos e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.
O texto principal da medida foi aprovado na Câmara por 337 votos a 125. Ela ainda precisa ser analisada pelo Senado.
O risco de ver extinta a MP que dá sua cara à estrutura administrativa do Executivo fez o presidente Luiz Inácio Lula da Silva envolver-se diretamente na articulação política na quarta-feira que envolveu uma série de conversas com ministros — o da Casa Civil, Rui Costa, e o das Relações Institucionais, Alexandre Padilha — o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), e até mesmo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
A movimentação do governo na esperança de aprovar a MP também envolveu a liberação de emendas parlamentares, em um valor de 1,7 bilhão de reais, de acordo com a mídia local.
Após a votação, o líder do governo na Casa reconheceu que a aprovação foi “doída” e agradeceu aos líderes partidários pelo que chamou de “vitória do Parlamento”.
3 – Inflação na zona do euro cai mais que o esperado em em maio, em alívio para o BCE
A inflação da zona do euro desacelerou mais do que o esperado no mês passado, uma vez que o aumento dos preços subjacentes também enfraqueceu, apoiando argumentos de aumentos cautelosos nos juros já que o ciclo de aperto monetário mais rápido de todos os tempos do Banco Central Europeu começa a ter efeito.
A inflação nas 20 nações que usam o euro caiu para 6,1% em maio, ante 7,0% em abril, abaixo da expectativa de 6,3% em uma pesquisa da Reuters com economistas.
O núcleo da inflação, que exclui os preços voláteis de alimentos e combustíveis e que tem desempenhado um papel crescente nas deliberações de política monetária do BCE, caiu de 5,6% para 5,3%, ficando abaixo da expectativa de 5,5%.
Com Reuters
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