1 – Ações da China e Hong Kong registram o melhor mês em 6 com suporte ao setor privado
As ações de Hong Kong e da China ampliaram os ganhos nesta segunda-feira (31) para fechar seu melhor mês desde janeiro, com uma série de medidas de apoio implementadas pelo governo chinês impulsionando o sentimento, principalmente no setor privado.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, fechou em alta de 0,55%, enquanto o índice de Xangai subiu 0,46%. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve ganho de 0,82%.
Tanto o índice referencial da China quanto o de Hong Kong registraram seu melhor desempenho em seis meses, com o Hang Seng subindo 6% e o CSI300 saltando 4,5%.
O índice de Tecnologia do Hang Seng subiu 1,9% e disparou 16% este mês, marcando o mês mais forte desde a reabertura econômica em novembro.
Reconhecendo a fraqueza da economia, a China intensificou as medidas de estímulo para aumentar a confiança, embora os detalhes até agora tenham sido escassos.
O Conselho de Estado da China divulgou nesta segunda-feira medidas para restaurar e expandir o consumo nos setores automobilístico, imobiliário e de serviços, com o objetivo de que o consumo desempenhe plenamente seu “papel fundamental” no desenvolvimento econômico.
2 – Inflação na zona do euro cai ainda mais, em sinal reconfortante para o BCE
A inflação na zona do euro caiu ainda mais em julho e a maioria das medidas de crescimento dos preços subjacentes também diminuiu, em um sinal bastante reconfortante para o Banco Central Europeu (BCE), que considera encerrar sua série de altas nas taxas de juros.
Os preços ao consumidor cresceram 5,3% neste mês na base anual, contra 5,5% em junho, ampliando a tendência de queda. Excluindo energia e alimentos não processados, os preços subiram 6,6%, após alta de 6,8% no mês anterior.
Embora isso ainda esteja muito longe da meta de 2% do BCE, a leitura pode ajudar as autoridades a argumentar que a inflação na zona do euro está em uma trajetória descendente clara, embora suave, e eles podem se dar ao luxo de pular um aumento dos juros pelo menos na próxima reunião.
“Os dados mais recentes têm sido consistentes com a tendência de desinflação”, disse Frederik Ducrozet, chefe de pesquisa macroeconômica da Pictet Wealth Management.
O BCE elevou os custos dos empréstimos pela nona vez consecutiva na semana passada, mas a presidente Christine Lagarde sinalizou a possibilidade de uma pausa em setembro, uma vez que as pressões inflacionárias mostraram sinais de abrandamento e as preocupações com a recessão aumentaram.
Os preços dos serviços se destacaram mais uma vez, pois aceleraram para um aumento anual de 5,6% em julho, de 5,4% em junho, provavelmente refletindo o crescimento dos salários nominais e um maior desejo de gastar em viagens e entretenimento após a pandemia de covid-19.
A persistência da inflação de serviços, juntamente com uma nova aceleração no preço dos alimentos para uma alta alarmante de 9,2%, provavelmente fortalecerá as dúvidas entre alguns no BCE, que temem que o alto crescimento dos preços esteja se consolidando.
3 – Distribuição do lucro do FGTS é concluída
A Caixa informou na noite de véspera ter concluído a distribuição do lucro do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de 2022. Segundo o banco, foram depositados, no total, R$ 12,7 bilhões, em 217,7 milhões de contas de FGTS que tinham saldo em 31 de dezembro de 2022. Foram beneficiados 132 milhões de trabalhadores com crédito proporcional ao saldo existente na data.
A Caixa começou na última quinta-feira (27), o pagamento da distribuição do lucro do FGTS aos trabalhadores. O banco tinha até 31 de agosto para fazer os depósitos, mas informou que os valores seriam depositados até o final de julho.
O valor de R$ 12,7 bilhões correspondia a 99% do lucro do fundo em 2022. O resultado, segundo o banco, se deve ao retorno das aplicações e investimentos em habitação, saneamento, infraestrutura e saúde.
“Com a distribuição dos resultados, a rentabilidade do FGTS em 2022 alcançou 7,09%, ficando acima, portanto, da inflação registrada no mesmo período, que foi de 5,79%”, afirmou a Caixa, em nota.
Para conhecer a parcela do lucro depositada, o trabalhador deveria multiplicar o saldo de cada conta em seu nome em 31 de dezembro do ano passado por 0,02461511. Na prática, a cada R$ 1 mil de saldo, o cotista recebeu R$ 24,61.
Os saques dos valores poderão ser feitos pelos trabalhadores nas situações previstas em lei, como nos casos de demissão sem justa causa, aquisição de moradia própria e doenças graves.
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