Os Estados Unidos continuam no foco de investidores dado o imbróglio envolvendo o teto da dívida americana. É especulado que um acordo possa ser fechado na próxima semana.
A agenda econômica dos Estados Unidos é agitada, com discurso do presidente do Federal Reserve (Fed) e relatórios sobre posições líquidas de petróleo, ouro, entre outros.
Já no Brasil será conhecida a prévia do PIB calculada pelo IBC-Br – o Índice de Atividade do Banco Central referente a março. A projeção é de queda de 0,3%, segundo o Investing.
Hora | País | Evento |
09:45 | USD | Discurso de Williams, membro do FOMC |
10:00 | USD | Discurso de Bowman, Membro do FOMC |
12:00 | USD | Discurso de Powell, Presidente do Fed |
14:00 | USD | Contagem de Sondas Baker Hughes |
14:00 | USD | Contagem Total de Sondas dos EUA por Baker Hughes |
17:30 | USD | Petróleo – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC |
17:30 | USD | Ouro – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC |
17:30 | USD | Nasdaq 100 – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC |
17:30 | USD | S&P 500 – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC |
17:30 | USD | US Commercial Banks Deposits |
17:30 | BRL | BRL – Posições líquidas de especuladores no relatório da CFTC |
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, vai se reunir com os presidentes dos maiores bancos centrais do mundo em evento em São Paulo. Serão discutidos os desafios estruturais para a condução da política monetária, especialmente os que surgiram no período pós-pandemia.
Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE) e Agustín Carstens, presidente do Banco de Compensações Internacionais (BIS) estarão entre os convidados.
1- Biden deverá receber nova atualização sobre negociações orçamentárias nesta 6ª
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, provavelmente receberá outra atualização de sua equipe sobre as negociações orçamentárias com os parlamentares do Partido Republicano na noite de sexta-feira no Japão, onde ele está para as reuniões do Grupo dos Sete (G7), disse sua porta-voz.
Biden também planeja sair mais cedo do jantar entre os líderes do G7, de acordo com a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.
2- Inflação do Japão permanece acima da meta do BC em abril
O núcleo da inflação ao consumidor do Japão ficou bem acima da meta de 2% do banco central em abril e um índice importante que remove os efeitos dos combustíveis atingiu novo pico de quatro décadas, mantendo vivas as expectativas de um ajuste no forte estímulo este ano.
A leitura foi divulgada alguns dias depois que dados mostraram que a terceira maior economia do mundo cresceu mais rápido do que o esperado no primeiro trimestre, em uma recuperação do consumo pós-covid.
Embora os custos das matérias-primas tenham atingido um pico, um aumento constante nos preços de serviços e alimentos destaca a pressão inflacionária crescente que pode levar o Banco do Japão a revisar para cima a previsão de preços deste ano em julho, dizem analistas.
“O Banco do Japão provavelmente terá pouca escolha a não ser revisar para cima sua previsão de inflação em julho”, disse Ryutaro Kono, economista-chefe do BNP Paribas para o Japão. “Com o aumento das expectativas de inflação, a chance de um ajuste na política monetária pode estar aumentando.”
O núcleo do índice nacional de preços ao consumidor, que exclui alimentos frescos mas inclui itens de energia, subiu 3,4% em abril em relação ao ano anterior, mostraram dados nesta sexta-feira, em linha com a expectativa do mercado e acelerando ante taxa de 3,1% em março.
A inflação de serviços acelerou para 1,7% em abril, de 1,5% em março, mostraram os dados, sugerindo que o aumento dos custos trabalhistas pode estar começando a alimentar a inflação ao consumidor mais ampla.
Os preços dos alimentos também saltaram 9,0% em abril em relação ao ano anterior, de 8,2% em março.
Um índice que elimina os efeitos de alimentos frescos e combustível – observado de perto pelo Banco do Japão como um termômetro importante das tendências de preços impulsionadas pela demanda doméstica – subiu 4,1% em abril em relação ao ano anterior, marcando o ritmo anual mais rápido desde setembro de 1981.
Com a inflação acima da meta por um ano, os mercados fervilham de especulações de que o Banco do Japão em breve eliminará gradualmente seu forte estímulo massivo que, segundo os críticos, está distorcendo os mercados e prejudicando os lucros das instituições financeiras.
3 – Haddad diz que há “aperfeiçoamento a ser feito” nas metas de inflação
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender nesta quinta-feira que o Banco Central passe a perseguir uma meta de inflação desvinculada do ano-calendário e sinalizou que esta mudança, a ser feita no âmbito do Conselho Monetário Nacional (CMN), poderá ocorrer na reunião de junho do colegiado.
“Há aperfeiçoamento para ser feito e talvez a oportunidade seja agora”, disse Haddad, durante entrevista ao programa “Caminhos com Abilio Diniz”, da CNN. A entrevista foi gravada durante a tarde e veiculada à noite.
Questionado sobre a possibilidade de mudanças nas metas de inflação, definidas pelo CMN, Haddad afirmou que o Brasil é um dos dois países do mundo que adotam o regime de metas de inflação e que têm como horizonte para cumprimento do objetivo o ano-calendário. O outro país é a Turquia.
“A Europa tem uma meta de 2%. Até um mês atrás, eles estavam comemorando a queda da inflação de 9% para 8,5%”, pontuou Haddad.
Segundo ele, uma meta de 3% –como é o caso das estabelecidas pelo CMN para os anos de 2024 e 2025– precisa ser contínua, e não limitada a um ano-calendário.
No início do mês, Haddad já havia feito uma defesa enfática da mudança de calendário para o regime de metas de inflação, argumentando que manter um objetivo contínuo evita desorganizar a economia em momentos em que o cumprimento da meta impõe custos muito altos para a atividade.
Na reunião de junho, o CMN vai definir a meta inflacionária de 2026. A expectativa é de que o colegiado também possa aprovar a alteração do prazo para atingimento da meta. A possibilidade não é vista de forma negativa pelo mercado financeiro.
O CMN é formado por Haddad, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e pela ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.
Com Reuters
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