1 – Eneva levanta R$ 4,2 bi em oferta de ações
A Eneva (ENEV3) levantou R$ 4,2 bilhões em uma oferta de ações precificada a R$ 14 por papel, informou a empresa na madrugada deste sábado (25).
A companhia havia anunciado a oferta na semana passada, indicando que utilizaria os recursos para financiar as aquisições da Celsepar e Cebarra.
A Eneva vendeu 300 milhões de novas ações com um desconto de 2,5% sobre o preço de fechamento de sexta-feira, de R$ 14,36, segundo fato relevante.
BTG Pactual, Bank of America, Itaú BBA, Bradesco BBI, Citi, JPMorgan, UBS e Santander coordenaram a oferta.
O negócio ocorre menos de um mês depois de a Eneva anunciar um acordo para a compra da Celse, uma das maiores usinas termelétricas a gás em operação na América Latina, por 6,1 bilhões de reais.
2 – Preços médios da gasolina e do diesel S10 batem novos recordes, diz ANP
Os preços médios da gasolina e do diesel S10 nos postos de combustíveis bateram novos recordes nesta semana, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta sexta-feira (24).
O litro da gasolina custou, em média, R$ 7,39 e o do diesel R$ 7,68, informou o levantamento.
Essa é a primeira pesquisa da agência com reflexo dos reajustes de 5,18% na gasolina e de 14,26% no diesel nas refinarias da Petrobras realizados em 17 de junho.
Na comparação com as médias registradas na semana anterior ao reajuste, os preços nos postos representaram altas de 9,15% para o diesel e 2,18% para a gasolina.
Em relação aos valores máximos, a pesquisa da ANP registrou R$ 9,15 para o diesel S10, em um posto de Mato Grosso, e de R$ 8,89 para a gasolina, em um posto de São Paulo.
3 – Aneel mantém bandeira verde em julho e conta de luz segue sem taxa adicional
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou na noite desta sexta-feira (24) que manterá a bandeira verde acionada em julho para todos os consumidores do País. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês.
Em nota, a agência informou que a bandeira verde sinaliza “condições favoráveis de geração de energia elétrica”. Os dados atuais da agência reguladora indicam que há maior probabilidade de manter o patamar ao longo de 2022.
A bandeira verde está em vigor desde 16 de abril. De setembro de 2021 a 15 de abril, os consumidores pagaram um adicional de R$ 14,20 por 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, referente à bandeira escassez hídrica.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os reajustes das tarifas e o impacto nos orçamentos das distribuidoras de energia.
Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldade para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros. No modelo atual, os recursos são cobrados e repassados às distribuidoras mensalmente por meio da “conta Bandeiras”.
A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo. Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está ligado principalmente ao volume dos reservatórios.
“A Aneel estima que, desde que as bandeiras foram criadas, elas geraram uma economia de R$ 4 bilhões aos consumidores de todo o País, porque evitam a incidência de juros sobre os custos de geração nos momentos menos favoráveis”, informou a agência em nota.
Reajuste
Na última terça-feira, 21, a agência reguladora aprovou reajustes para o sistema de bandeiras tarifárias. Os valores atualizados passam a valer a partir de julho, mas a agência ressalta que os consumidores não terão um impacto imediato, já que está em vigor a bandeira verde.
O valor da bandeira amarela terá aumento de 59,5%, de R$ 1,874 a cada 100 kWh consumidos para R$ 2,989. Já a bandeira vermelha 1 vai de R$ 3,971 para R$ 6,500 a cada 100 kWh, alta de 63,7%. O patamar mais caro da bandeira, a vermelha 2, passou de R$ 9,492 a cada 100 kWh para 9,795, aumento de 3,2%.
4 – Rússia dá primeiro grande calote da dívida externa desde revolução Bolchevique
A Rússia deu calote em seus títulos soberanos estrangeiros pela primeira vez desde a revolução Bolchevique, uma vez que as sanções abrangentes efetivamente cortaram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis para muitos investidores.
Uma autoridade norte-americana disse nesta segunda-feira (27) que a inadimplência mostra quanto as sanções estão impactando a economia da Rússia. A autoridade estava falando a repórteres depois de a Casa Branca divulgar documento detalhando ações potenciais do G7 para apoiar a Ucrânia e reduzir ainda mais as receitas do petróleo de Moscou.
“A notícia desta manhã sobre a descoberta da inadimplência da Rússia, pela primeira vez em mais de um século, situa a força das que os EUA, juntamente com aliados e parceiros, tomaram, bem como o impacto na economia russa”, acrescentou a autoridade dos EUA em entrevista às margens de uma cúpula do G7 na Alemanha.
Mais cedo, alguns detentores de títulos disseram que não haviam recebido juros vencidos nesta segunda-feira após o fim de um prazo importante de pagamento um dia antes.
A Rússia tem lutado para cumprir os pagamentos de 40 bilhões de dólares em títulos em circulação desde sua invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro, uma vez que as sanções abrangentes cortaram o país do sistema financeiro global e tornaram seus ativos intocáveis para muitos investidores.
O Kremlin tem repetidamente dito que não há motivos para a Rússia dar calote, mas não pode enviar dinheiro aos detentores de títulos por causa das sanções, acusando o Ocidente de tentar levá-lo a uma inadimplência artificial.
Os esforços da Rússia para evitar o que seria seu primeiro grande calote em títulos internacionais desde a revolução Bolchevique, há mais de um século, atingiram um problema intransponível no final de maio, quando o Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros do Departamento do Tesouro dos Estados Unidos efetivamente bloqueou Moscou de fazer pagamentos.
Uma inadimplência formal seria em grande parte simbólica, uma vez que a Rússia não pode tomar empréstimos internacionais no momento e não precisa fazê-lo graças às abundantes receitas de exportação de petróleo e gás. Mas o estigma provavelmente aumentará seus custos de empréstimo no futuro.
Os pagamentos em questão são de 100 milhões de dólares em juros sobre dois títulos, um denominado em dólares e outro em euros, que a Rússia deveria pagar em 27 de maio. Os pagamentos tinham um período de carência de 30 dias, que expirou no domingo.
O Ministério das Finanças da Rússia disse que fez os pagamentos ao seu Depósitário Nacional de Liquidação (NSD, na sigla em inglês) em euros e dólares, acrescentando que cumpriu com as obrigações.
Alguns detentores de títulos de Taiwan não haviam recebido pagamentos nesta segunda-feira, informaram fontes à Reuters.
Sem prazo exato especificado no prospecto, advogados dizem que a Rússia pode ter até o final do dia útil seguinte para pagar os detentores dos títulos.
5 – Bolsonaro diz que pretende anunciar nos próximos dias Braga Netto como candidato a vice
O presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (26) que deve anunciar nos próximos dias o general da reserva Braga Netto como seu companheiro de chapa para ser candidato a vice-presidente na disputa eleitoral deste ano.
“Pretendo anunciar nos próximos dias o general Braga Netto como candidato a vice”, disse Bolsonaro em entrevista ao programa 4 x 4, transmitida em suas redes sociais.
“É uma pessoa que eu admiro muito, uma pessoa que vai –caso a gente consiga uma reeleição, caso a população assim entenda– ajudar e muito o Brasil aqui nos próximos anos”, acrescentou.
Braga Netto sempre foi o preferido pelo presidente, para o lugar do hoje vice-presidente, Hamilton Mourão, mas há poucos dias ele acrescentou a ex-ministra da Agricultura Tereza Cristina como um dos nomes “cotadíssimos” para a vaga de vice na chapa. Alguns aliados veriam a opção da ex-ministra como uma forma de Bolsonaro conseguir avançar no eleitorado feminino, onde enfrenta mais resistência.
Braga Netto foi ministro da Casa Civil e da Defesa no governo Bolsonaro.
Segundo turno
Poucos dias depois de o instituto Datafolha ter divulgado pesquisa mostrando que se a eleição fosse hoje o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria eleito já no primeiro turno em outubro, Bolsonaro disse na entrevista esperar que ocorra um segundo turno.
Segundo o presidente, se isso não acontecer, será por “razões estranhas”.
“Espero que haja segundo turno. Porque o Lula, mesmo em 2002, quando estava no auge da sua popularidade, houve segundo turno. Não vai ser agora que não vai haver segundo turno por razões estranhas ao interesse do eleitor brasileiro”.
* Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo.
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