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Economia

5 fatos para saber hoje: retração na China e desemprego nos EUA

Descubra as notícias que repercutem no mundo da economia e dos negócios.

1 – China: PIB tem queda anual de 6,8% no 1º tri

A economia da China se contraiu pela primeira vez desde pelo menos 1992 no primeiro trimestre, quando a pandemia do coronavírus fechou fábricas e manteve milhões confinados em seus lares.

O Produto Interno Bruto (PIB) caiu 6,8% no primeiro trimestre em relação a igual período de 2019, comparado com um crescimento de 6,0% no quarto trimestre de 2019, informou nesta sexta-feira (pelo horário local) o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) chinês. O resultado veio melhor do que a mediana das projeções coletadas pelo Wall Street Journal junto a economistas, de contração de 8,3%.

Foi a primeira vez que a economia teve uma contração em um primeiro trimestre desde 1992, quando o governo começou a divulgar números trimestrais. Na margem, em relação ao trimestre anterior, a economia ficou 9,8% menor no período entre janeiro e março de 2020.

2 – Câmara aprova destaque para permitir o pagamento sem CPF regular

A Câmara aprovou uma mudança ao texto-base da ampliação do auxílio emergencial votado mais cedo pelos deputados. O destaque de autoria do PSB permite que o beneficiário busque o pagamento mesmo que esteja com seu CPF ou título de eleitor de irregular. Neste caso, para o cadastro, deve ser usado um documento de registro civil, como carteira de identidade ou de trabalho ou certidão de nascimento ou de casamento.

“Milhões de pessoas habilitadas para receber o benefício passam fome em suas casas. Elas não podem ficar impedidas de receber o benefício por conta de exigências burocráticas. Mais uma vez, o Parlamento demonstra que está atento às necessidades da população e aos problemas que afligem os brasileiros”, disse o líder do PSB na Câmara, deputado Alessandro Molon (RJ).

Com amplo apoio da Casa, deputados aprovaram mais cedo, de forma simbólica, sem a contagem de votos, a ampliação do auxílio emergencial de R$ 600 para trabalhadores informais durante a crise da covid-19. A medida aprovada foi uma versão modificada do que o Senado havia aprovado, por isso, depois de concluída a análise dos destaques a medida terá de retornar para nova análise dos senadores. Só depois poderá ir à sanção presidencial. Há ainda faltam outros quatro destaques a serem votados pelos deputados.

3 – Desemprego nos Estados Unidos atinge 22 milhões

A pandemia do novo coronavírus tem deixado um passivo preocupante para a administração do presidente Donald Trump, nos Estados Unidos. Nas últimas cinco semanas, o país registrou 22 milhões de pessoas sem emprego, representando 13,5% da força de trabalho. O Departamento de Comércio apontou uma queda mensal nas vendas do varejo não vista nos últimos 30 anos, acrescentando que o declínio da produção industrial só é comparada ao período após a Segunda Guerra Mundial.

As medidas para conter a pandemia levaram a economia do país a níveis que não eram vistos desde a Grande Depressão, em 1929, já que um recorde de mais de 20 milhões de americanos solicitaram auxílio-desemprego. Só na semana passada foram 5,2 milhões, o que elevou o índice de desemprego dos EUA a 8,2%. Os números de desemprego pressionam ainda mais Trump, que apostou sua reeleição em novembro na força da economia americana.

Na quarta-feira, ele disse que dados levavam a crer que os casos novos da covid-19 atingiram o pico e que líderes industriais que participaram de uma rodada de telefonemas lhe ofereceram boas perspectivas para reativar a economia com segurança. Mas o chefe de um grande sindicato alertou o presidente a não reabrir a menos que a segurança dos trabalhadores possa ser garantida, e executivos-chefes de algumas das maiores empresas do país disseram a Trump que mais exames são necessários para garantir a segurança, de acordo com diversas reportagens da mídia.

4 – Novo ministro da Saúde quer ‘programa de testes’

O novo ministro da Saúde, Nelson Teich, pretende elaborar um “programa de testes” para ampliar a quantidade de informações sobre a disseminação do novo coronavírus no País e, com isso, “conhecer a doença”.

A ideia foi lançada na primeira manifestação após ser apresentado pelo presidente Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto. Os critérios para aplicação dos exames, porém, ainda não estão definidos, mas o plano do novo ministro é estabelecer uma política específica. “Esse programa vai ter de envolver SUS, saúde suplementar, empresariado. Tem de fazer um grande programa e definir qual a melhor forma, como fazer a amostra, que tipo de testes, se é paciente sintomático, ou assintomático”, disse o oncologista. “Isso vai criar capacidade de entender o momento, a doença e a capacidade de definir ações.”

Por causa da escassez de testes disponíveis, a prioridade tem sido submeter a exames apenas pacientes internados com quadro de síndrome respiratória aguda grave, além de profissionais de saúde e de segurança pública. Especialistas alertam que a subnotificação de casos de covid-19 prejudica um mapeamento preciso do quadro brasileiro. Apesar de os exames não serem colocados à disposição em massa, a equipe que está de saída do Ministério da Saúde vinha exaltando a capacidade de oferecer exames. “A questão do teste é extremamente complexa. O que o Ministério da Saúde tem conseguido é motivo de satisfação”, afirmou o atual secretário executivo da pasta, João Gabbardo, na semana passada.

5 – Governo troca presidente do CNPq

O governo federal exonerou o pesquisador em Engenharia Aeroespacial e Aeronáutica João Luiz Filgueiras de Azevedo do cargo de presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e nomeou para o lugar dele o agrônomo e também pesquisador Evaldo Ferreira Vilela, conforme portarias publicadas no Diário Oficial da União (DOU).

Azevedo estava à frente do CNPq desde fevereiro do ano passado. O órgão faz parte da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, comandado pelo ministro por Marcos Pontes.

*Com Estadão Conteúdo

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