Um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que 61 milhões de brasileiros terminaram o ano de 2019 inadimplentes.
Essa número representa uma queda pelo segundo mês seguido na comparação anual de 2019, e encerrou o ano com queda de 0,2% em relação a 2018.
Segundo o SPC Brasil, a queda na inadimplência é consequência do cenário brasileiro de recuperação econômica, impulsionado pelas campanhas de renegociação de dívidas e a liberação de recursos do FGTS.
Por região, o Nordeste teve a maior queda registrada no número de inadimplentes com taxa de 3,2% em relação a dezembro de 2018. No Sudeste a queda foi de apenas 0,7%. O Norte e Centro Oeste do Brasil apresentaram crescimento com elevação de 4,8% e 3,8%, respectivamente.
Segundo estudo, o consumidor deve em média R$ 3.257,91. Desse total, 52,8% têm dívidas de até R$ 1 mil e 47,2% possuem contas em atraso acima desse valor.
A inadimplência caiu 21% entre consumidores de 18 a 39 anos, e cresceu 3,7% entre a faixa etária de 65 a 84 anos.
Número de famílias endividas cresceu em 65,5%
Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), aponta que o número de famílias endividadas cresceu em 65,5% em dezembro de 2019, maior do que o patamar de 59,8% em relação ao mesmo mês em 2018.
O levantamento aponta que este é o maior nível de endividamentos desde 2010. Segundo a CNC, o resultado não pode ser considerado negativo, os dados indicam o aumento no consumo, impulsionado por fatores relacionados a recuperação da economia. As famílias não necessariamente possuem pendências em atrasos, elas passaram a ter mais dívidas relacionadas ao cartão de crédito, carnes e financiamento de carro.