O governo do Chanceler Olaf Scholz financiará a mais recente intervenção de emergência no setor energia com um fundo criado para ajudar a compensar o impacto da pandemia de coronavírus. O fundo será reforçado com novo endividamento de pelo menos € 150 bilhões para cobrir o custo do teto, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.
A apresentação do plano por Scholz, o ministro da economia Robert Habeck e o ministro das finanças Christian Lindner estava prevista para quinta-feira (29), em uma coletiva de imprensa em Berlim.
A Alemanha é particularmente vulnerável ao aumento dos custos de energia desencadeado pela guerra na Ucrânia, devido à forte dependência das importações de gás russo. Os preços mais altos estão levando empresas a diminuir produção e minando o poder de compra do consumidor.
A economia alemã deve sofrer uma contração de 0,4% no ano que vem, disseram quatro dos principais institutos de pesquisa do país na quinta-feira, ao cortarem uma previsão de abril de uma expansão de 3,1%.
O governo usará seu Fundo de Estabilização Econômica, que não faz parte do orçamento federal, para compensar os custos crescentes depois que a Rússia cortou os suprimentos em retaliação às sanções decorrentes da invasão da Ucrânia, disseram as pessoas, que pediram para não serem identificadas.
O teto segue uma tentativa frustrada de criar um imposto do gás que gerou preocupações de que a medida poderia se deparar com questões legais depois que o governo anunciou a nacionalização da Uniper, a maior compradora de gás russo no país.
O mecanismo de financiamento permite que Lindner, um falcão fiscal, mantenha sua promessa de restaurar um limite constitucional do endividamento líquido no próximo ano. A regra foi suspensa nos últimos três anos para permitir gastos generosos para ajudar famílias e empresas a lidarem com as consequências da pandemia.
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