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Economia

Assuntos quentes da semana: Copom, balanço da Petrobras e prévia do PIB

Mercado projeta alta da Selic para 12,75% na quarta-feira; veja outros destaques.

Petróleo Petrobras
Visão aérea de uma plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, a P-52 REUTERS/Bruno Domingos (BRAZIL)

O mercado projeta alta da Selic para 12,75% na próxima quarta-feira e vai avaliar se o Copom encerra o aperto monetário ou deixa porta aberta a uma elevação adicional da taxa. O Fed também dele elevar os juros e sinalização do presidente Jerome Powell sobre o ritmo do ajuste deve movimentar os ativos. Agenda pesada inclui ainda Focus e IBC-Br no Brasil (prévia do PIB), payroll nos EUA, decisão do Banco da Inglaterra e PMI na China. Petrobras e Bradesco divulgarão balanços.

Copom: fim de ciclo ou porta aberta?

O mercado reduziu levemente as apostas em altas adicionais da Selic após os resultados de inflação abaixo do previsto esta semana, mas a curva de juros continua indicando a possibilidade de o aperto ir além de maio. A precificação dos DIs aponta alta de 1pp na próxima semana, como antecipado pelo BC, e aumentos de 45 pontos em junho e 14 pontos em agosto.

Apesar da percepção de que o ciclo de aperto se aproxima do fim, analistas não descartam que o Copom mantenha a porta aperta para uma alta mais prolongada da taxa básica à medida em que a inflação segue em nível incompatível com a meta. 

Focus e IBC-Br

Última pesquisa Focus antes do Copom sai na segunda-feira com o mercado aberto, às 10:00, após a sondagem da semana passada mostrar uma piora de expectativas inflacionárias menor do que o esperado. Após indicadores fiscais e de emprego recentes melhores que o previsto, o BC divulga no dia 2 o IBC-Br de fevereiro, que também sofreu atraso com a greve dos servidores. Estimativa é de uma alta mensal de 0,4%, após queda de 0,99% em janeiro. A semana ainda terá o resultado primário consolidado, produção e balança comercial. O IGP-DI de abril também está no radar, mas sairá dois dias após o Copom.

Decisões do Fomc e BoE

Assim como o BC brasileiro, nos EUA o Fed também anuncia sua decisão em 4 de maio. Powell, que falará após a decisão, deve diminuir o ritmo do aperto monetário após choques de juros de meio ponto percentual na próxima semana e em junho, segundo economistas consultados pela Bloomberg.

Perspectiva sobre os juros globais ainda deve ser influenciada pela decisão do BoE, na quinta-feira, mas a taxas também devem reagir a uma agenda pesada de dados. Destaques são o payroll americano de abril, que fechará a semana na sexta, com estimativa de criação de vagas pouco menor do que em março. A China, onde o governo promete medidas para proteger a economia dos efeitos da Covid, divulgará PMIs na noite de hoje e no dia 4, com expectativa de números abaixo de 50, o que sinaliza contração da atividade. 

Leia mais: Fed deve atenuar aperto após choques de juros em maio e junho

Cenário eleitoral

O mercado segue atento às pesquisas eleitorais, que mostraram nas últimas semanas um estreitamento da vantagem do ex-presidente Lula sobre Bolsonaro após o ex-ministro Sergio Moro se afastar da disputa. Pesquisa divulgada pelo “Poder360” nesta sexta-feira indicou que o petista tem 41% no 1º turno contra 36% do atual presidente. A diferença de 5 pontos entre as intenções de voto de ambos é a mesma registrada 15 dias antes. 

Petrobras e Ambev

A temporada de balanços do 1º trimestre ganha força com números da Petrobras (PETR4) e Bradesco (BBDC4) no dia 5. Outras grandes empresas que divulgarão resultados nos próximos dias incluem Ambev, CSN, BRF, Carrefour e Natura.

O conselho da Anatel se reúne na quinta-feira e pode retomar a análise da venda da unidade de fibra óptica da Oi para fundos do BTG, interrompida em abril por um pedido de vistas. Em 2 de maio, entra em vigor a nova carteira teórica do Ibovespa. 

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