Por Ann Saphir
WASHINGTON (Reuters) – As autoridades do banco central dos Estados Unidos ainda preveem três cortes de juros este ano, de acordo com a mediana das novas projeções econômicas publicadas nesta quarta-feira, mas, de modo geral, tornaram-se mais “hawkish” do que há três meses.
Nove das 19 autoridades do Fed preveem três cortes de 0,25 ponto percentual na taxa de juros este ano, e nove preveem dois ou menos. Apenas um deles previu mais cortes do que a mediana, em comparação com cinco em dezembro.
As novas projeções sugerem que as autoridades estão mais inclinadas a manter os juros altas por mais tempo para garantir que a inflação não fique acima de sua meta de 2% ou volte a subir.
Até o final de 2025, as autoridades preveem uma taxa de juros de 3,9%, de acordo com a mediana de suas projeções, o que implica em três cortes adicionais de 0,25 ponto percentual no próximo ano. Em dezembro, a mediana era de uma taxa de 3,6% para o final de 2025.
O intervalo atual da meta para a taxa de juros, mantido nesta quarta-feira, é de 5,25% a 5,5%.
As previsões não são um consenso. Elas refletem as expectativas individuais dos sete diretores do Federal Reserve e dos 12 presidentes das regionais do Fed.
As autoridades agora preveem que a inflação pela medida visada pelo Fed, o índice PCE, terminará este ano em 2,4%, mas com o núcleo do PCE, um indicador das pressões inflacionárias subjacentes, em 2,6%.
Em dezembro, a previsão para ambas as medidas era de 2,4%.
Até o final do ano que vem, eles veem desaceleração da alta do PCE para 2,2%; em dezembro, a mediana era de 2,1%.
Em suma, as novas projeções sugerem uma fé contínua em um pouso “suave” para a economia, no qual o Fed mantém a inflação sob controle sem danos graves ao mercado de trabalho.
As autoridades aumentaram sua previsão para o crescimento econômico dos EUA neste ano para 2,1%, em comparação com 1,4% em dezembro, e esperam que o PIB cresça 2,0% no próximo ano, em comparação com 1,8% antes.
Elas veem a taxa de desemprego, que aumentou no mês passado para 3,9%, subindo para 4,0% até o final do ano, em comparação com 4,1% estimados em dezembro. Elas agora esperam que ela termine 2025 em 4,1%.
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