O auxílio emergencial terá que ser substituído por um programa sustentável, que pode ser um Bolsa Família ou um Renda Brasil fortalecido, disse nesta terça-feira o ministro da Economia, Paulo Guedes, defendendo que o valor fique acima dos R$ 170.
“Mas talvez não sei se vamos chegar aos R$ 600”, disse Guedes durante audiência pública de um conjunto de comissões da Câmara dos Deputados.
Ele afirmou que o país pode fazer a escolha de lançar um programa de erradicação da pobreza de “quatro, cinco anos”, financiado com recursos da venda de empresas estatais.
“Isso terá que ser um esforço conjunto, isso é um Congresso inteiro, uma PEC, é algo que nós temos que pensar juntos”, afirmou.
Respondendo a questionamentos dos parlamentares, Guedes disse que o PT criou um programa “elogiável”, em modelo defendido por economistas liberais, mas não adotou um valor de R$ 600 porque não tinha fontes estáveis.
“O auxílio emergencial, em uma situação de emergência, a gente consegue de repente durante um ano dar os R$ 600, agora, ele é de natureza diferente. Uma coisa é o Bolsa Família, outra coisa é o auxílio emergencial, o Bolsa Família é para sempre, então ele tem que ter um financiamento estável”, afirmou.