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Economia

Bandeira vermelha vai puxar inflação, mas tendência é retorno, diz Funchal

Secretário do Tesouro disse que a tendência é de IPCA voltando à meta do BC.

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O secretário do Tesouro, Bruno Funchal, afirmou nesta quinta-feira (3) que a bandeira vermelha para a energia elétrica irá contribuir para o aumento da inflação, mas destacou que a tendência é que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) volte para a meta e para a “normalidade”.

Ao participar do evento Vitória Summit, promovido pela Rede Gazeta-ES, ele avaliou que, com a pandemia, o padrão de consumo das pessoas mudou, com migração para consumo e redução em serviços. Isso causou repique de inflação em algumas áreas e setores.

Na visão de Funchal, a própria retomada econômica também pegou muitos setores desprevenidos.

“Muitas dessas situações vão se acomodando nas próximas semanas”, disse. “A inflação eu imagino que esteja nessa linha. Mesma coisa em relação ao desabastecimento.”

Sobre a alta de preços na economia, Funchal afirmou que os apontamentos do Banco Central mostram que a tendência é que ela seja revertida para meta.

“Claro que teve mais um ponto que vai contribuir para o aumento da inflação, que é questão da energia, da bandeira vermelha, mas a tendência é voltar pra normalidade”, disse.

Reformas

Após o ministro da Economia, Paulo Guedes, ter dito mais cedo que a reforma tributária estava interrompida no Congresso por “desentendimento político”, Funchal indicou que a tramitação do texto deve ficar para 2021.

“Para o ano que vem a reforma tributária é importante, acho que seria o maior choque de produtividade na economia brasileira”, disse ele, acrescentando que a agenda do governo é correta e que o esforço é fazê-la andar mais rápido.

O secretário do Tesouro voltou a frisar a necessidade de o país voltar à trajetória de consolidação fiscal com a realização de reformas, após gastos de peso neste ano com o enfrentamento da pandemia de coronavírus terem levado a um salto na dívida pública.

“Além desses R$ 800 bilhões que são quase 12% do PIB de déficit (neste ano), por conta desse aumento da dívida a gente vai gastar mais ou menos só de juros pelos próximos 10 anos R$ 260 bilhões”, afirmou.

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