PEQUIM (Reuters) – O banco central da China disse nesta quinta-feira que vai manter uma política monetária flexível e precisa para impulsionar a demanda doméstica, mantendo a estabilidade dos preços, em meio a sinais de recuperação econômica irregular e riscos deflacionários crescentes.
Em seu relatório trimestral de implementação de política monetária, o Banco do Povo da China disse que as autoridades enfrentam algumas dificuldades e desafios para promover a recuperação econômica em meio às incertezas globais.
“A política monetária prudente deve ser flexível, moderada, precisa e eficaz (…) e manter a escala de financiamento social e a oferta de moeda em linha com as metas esperadas de crescimento econômico e níveis de preços”, disse o banco.
O banco central “fortalecerá a coordenação e a cooperação das políticas, apoiará efetivamente a promoção do consumo, a estabilização dos investimentos, a expansão da demanda interna e a manutenção dos preços em um nível razoável”, afirmou.
A segunda maior economia do mundo vem lutando contra a demanda fraca do consumidor e a desaceleração dos preços, forçando o banco central a flexibilizar a política monetária, embora tenha uma margem de manobra limitada devido às preocupações com a fuga de capital e a estabilidade do iuan.
Dados divulgados nesta quinta-feira mostraram que os preços ao consumidor da China caíram em janeiro em seu ritmo mais acentuado em mais de 14 anos, enquanto os preços ao produtor também recuaram, aumentando a pressão sobre as autoridades para que façam mais para reanimar uma economia com baixa confiança e enfrentando riscos deflacionários.
O banco central acrescentou que também fará bom uso de seu instrumento de empréstimo suplementar prometido para apoiar o mercado imobiliário, que pesa muito sobre as perspectivas de crescimento econômico da China, apesar de já ter sido um pilar da economia.
O banco reiterou que manterá a taxa de câmbio do iuan basicamente estável em um nível razoável.
(Reportagem de Joe Cash e Judy Hua)
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