O Banco Central reduziu sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto este ano para 3,6%, ante alta de 3,8% projetada em dezembro, mostrou o mais recente Relatório Trimestral de Inflação da autarquia, divulgado nesta quinta-feira (25).
No documento, o BC disse que a estimativa reflete, de um lado, o carregamento estatístico para o PIB anual maior do que o esperado e a manutenção da atividade econômica em nível elevado no início deste ano e, de outro, o recrudescimento recente da pandemia.
“Em termos de trajetória, a projeção para o PIB é de recuo moderado ao longo do primeiro semestre, seguido de recuperação relevante nos últimos dois trimestres do ano, decorrente da redução esperada na taxa de letalidade da Covid-19 e no número de internações, com o avanço da vacinação”, diz o relatório.
No que diz respeito à política monetária, o documento repetiu o diagnóstico feito na ata do Comitê de Política Monetária, divulgada na terça-feira (24).
Na semana passada, o BC elevou a taxa básica de juros pela primeira vez desde 2015, em 0,75 ponto porcentual, e indicou que deve promover nova alta desse mesmo valor em maio, ressaltando preocupações com a piora das projeções para a inflação.
Expansão do crédito
O Banco Central também projetou um crescimento do crédito no país de 8,0% este ano, ante projeção de 7,8% feita em dezembro, conforme dados do seu Relatório Trimestral de Inflação.
Agora, a expectativa é que o crédito às famílias suba 11,5% em 2021, contra expectativa anterior de 10,6%. Para as empresas, a alta foi calculada em 3,4%, ante 4,2% no último relatório.
Para o estoque de crédito livre, em que as taxas são pactuadas livremente entre bancos e tomadores, o BC manteve a projeção de uma expansão de 11,1%. Para o crédito direcionado, que atende a parâmetros estabelecidos pelo governo, a perspectiva é de alta de 3,7% (+3,3% antes).