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Economia

Bolsonaro diz que volta de auxílio emergencial será paga com endividamento

O governo agora busca uma forma de bancar o auxílio sem furar a regra do teto de gastos.

Presidente Jair Bolsonaro durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto 03/02/2021 REUTERS/Adriano Machado

O presidente Jair Bolsonaro admitiu nesta quarta-feira (10) que um novo auxílio emergencial voltou a ser discutido, mas advertiu que “não há dinheiro no cofre” e qualquer pagamento será feito com endividamento do governo.

“A arrecadação esteve praticamente equivalente nos municípios tendo em vista o auxílio emergencial, que volta a ser discutido e que eu falo: não é dinheiro que eu tenho no cofre, é endividamento. Isso é terrível também. A economia tem que pegar. Temos que voltar a trabalhar”, disse o presidente durante um encontro com prefeitos no Ministério da Educação. O vídeo do encontro foi divulgado nas redes sociais de um dos participantes do evento.

Por pressão do Congresso, o governo admitiu discutir uma nova versão do auxílio emergencial pago até dezembro aos vulneráveis afetados pelos impactos da pandemia de covid-19. O novo modelo seria menor, com apenas três parcelas de R$ 200 e pago apenas para pessoas que já tiveram auxílio, estão desempregadas e não recebem o Bolsa Família.

O governo agora busca uma forma de bancar o auxílio sem furar a regra do teto de gastos ou criar uma alternativa legal, como estado de emergência, que permita o governo quebrar a regra.

Convencido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, que o governo não tinha condições de manter o auxílio, Bolsonaro havia afirmado várias vezes que o governo não renovaria o benefício. No entanto, a pressão do Congresso aumentou significativamente com o repique da epidemia de covid-19 e os dados que mostram que a maioria das pessoas que perderam o auxílio não conseguiram uma nova forma de renda.

A pressão aumentou ainda quando os novos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), colocaram a volta do auxílio como uma das prioridades das duas Casas neste primeiro semestre.

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