A coligação do presidente Jair Bolsonaro ingressou com uma representação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo uma verificação extraordinária da eleição de 2022, usando como base um relatório que aponta suposto mau funcionamento das urnas eletrônicas.
De acordo com a representação, obtida pela Reuters, uma auditoria solicitada pelo PL, partido de Bolsonaro, teria encontrado “evidências contundentes do mau funcionamento de urnas eletrônicas”.
Bolsonaro fez diversos ataques às urnas eletrônicas durante a campanha, na qual foi derrotado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, apesar de especialistas e de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) terem demonstrado que as urnas são seguras.
Desde a implantação das urnas eletrônicas, em 1996, nunca houve registro de fraude nas eleições.
Em entrevista coletiva após a apresentação da ação, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, disse que o relatório não expressa a opinião do partido, mas é o resultado de estudo elaborado por especialistas.
Resposta do TSE
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou nesta terça-feira que a coligação de Bolsonaro apresente em 24 horas uma auditoria referente aos dois turnos da eleição, sob pena de indeferimento da ação apresentada mais cedo.
Na ação, o ministro argumenta que as mesmas urnas foram usadas em ambos os turnos, portanto a coligação de Bolsonaro precisa apresentar um auditoria que abranja as duas votações e não só o segundo turno, “sob pena de indeferimento da inicial”.
De acordo com a representação apresentada pela coligação de Bolsonaro ao TSE, que foi obtida pela Reuters, uma auditoria solicitada pelo PL teria encontrado “evidências contundentes do mau funcionamento de urnas eletrônicas”. O partido usa o documento para pedir que os votos dessas urnas sejam anulados.
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