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Economia

Brasil precisa defender ideais ocidentais no cenário global, diz Armínio Fraga

Embora seja bom negociar com todos, posições brasileiras devem ser claras, defendeu ex-BC

Take do economista e ex-diretor do Banco Central, Armínio Fraga, um homem branco de barba e cabelos grisalhos, vestindo camisa social cinza claro sentado em ambiente iluminado de escritório.
“Ao longo dos anos, temos demonstrado um gosto duvidoso em relação às pessoas com quem convivemos e com quem tiramos fotos”, disse o ex-presidente do BC. Foto: Reprodução/InvestNews

O fundador da Gávea Investimentos e ex-diretor do Banco Central, Armínio Fraga, disse nesta quarta-feira (23) que o Brasil precisa ser claro em seu alinhamento com os ideais ocidentais de democracia e direitos humanos, especialmente em um cenário global dividido.

A estratégia do país de tentar ser simpático a todos não é sustentável, disse Fraga durante evento Bloomberg New Economy at B20, em São Paulo. Embora seja bom para o Brasil negociar com países de todo o mundo, suas posições centrais ainda devem ser claras, disse Fraga.

“Ao longo dos anos, temos demonstrado um gosto duvidoso em relação às pessoas com quem convivemos e com quem tiramos fotos”, disse Fraga. “Acho que devemos ter muito claro em nossas mentes que somos um país ocidental.”

O governo do Brasil e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva têm enfrentado críticas por não fazerem o suficiente para pressionar Nicolas Maduro após as eleições disputadas na Venezuela em julho. Lula defendeu uma solução diplomática depois de anos argumentando que a campanha de sanções pesadas, conduzida pelos EUA, prejudicou desproporcionalmente os cidadãos comuns daquele país.

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No mesmo painel, Stefan Simon, membro do Conselho de Administração do Deutsche Bank e CEO para as Américas, disse que o mundo está de volta aos “tempos pré-Organização Mundial do Comércio”, em termos de política e comércio.

O desafio agora, disse Simon, é enfrentar os desafios geopolíticos em um mundo mais dividido, entender quais são os riscos e ser capaz de “agir rapidamente”.

Como investidor de longa data na América Latina, Simon acrescentou que o banco está “muito otimista” com relação à região.

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