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Economia

Brasil restringe fronteiras, Argentina em quarentena e remédio da malária serve?

As atualizações no Brasil e no mundo sobre a pandemia do novo coronavírus.

O governo Jair Bolsonaro mudou de postura e decidiu restringir os acessos ao território brasileiro por terra e ar para tentar conter o avanço do novo coronavírus. Portaria publicada ontem (20) prevê o fechamento imediato da fronteira terrestre do Brasil com oito países: Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai, Peru e Suriname – o Uruguai ficou de fora. Além disso, a partir da próxima segunda-feira, também fica proibido, com algumas exceções, o desembarque em aeroportos brasileiros de estrangeiros vindos de países da União Europeia e China, entre outros.

As mortes em razão do novo coronavírus subiram para seis, conforme última atualização divulgada ontem (19) pelo Ministério da Saúde. Já os casos confirmados saíram de 428 na quarta-feira, para 621 ontem. São Paulo segue como foco da disseminação do vírus, com 286 casos.

Para se fazer cumprir as medidas recomendadas pelo Ministério da Saúde, como o isolamento social, o governo federal e os estados têm coordenado ações que influem na renda do trabalhador, a fim de garantir o direito dos mais economicamente vulneráveis de ficar em casa.

Impacto na economia

Por exemplo, a diretoria colegiada da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) aprovou a proposta de isenção do pagamento das contas dos consumidores das categorias de uso Residencial Social e Residencial Favela, cadastrados. A isenção valerá por 90 dias para as contas emitidas a partir de 1º de abril em todos os municípios operados pela companhia, atingindo 506 mil famílias.

O governo também se preocupa em manter o emprego, por isso quer permitir que as empresas cortem em 50% a jornada e o salário, medida que faz parte do pacote “Programa Antidesemprego” a ser enviado ao Congresso. Em compensação, os trabalhadores que tiverem o salário e a jornada reduzidos pelos empregadores receberão durante três meses uma compensação do governo, que irá de R$ 261,25 a R$ 381,22.

No total, o pacote com iniciativas para proteger os mais vulneráveis, preservar empregos e combater a pandemia já soma R$ 184,6 bilhões. Só a compensação para o trabalhador vai custar R$ 10 bilhões, com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). A previsão é alcançar até 11 milhões de pessoas.

Seguindo a estratégia da equipe economia, será preciso estimular setores fundamentais para superar a crise. Por isso, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que o governo vai facilitar a liberação de R$ 10 bilhões aos planos de saúde. O valor faz parte de um fundo garantidor, vinculado à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), composto por recursos das operadoras.

Contexto Internacional

Enquanto a transmissão sustentada do novo coronavírus em ao menos seis estados brasileiros preocupa o Ministério da Saúde. Fora do Brasil, o cenário é ainda mais grave.

A Defesa Civil da Itália anunciou nesta quinta-feira (19) que o número de mortos em decorrência do novo coronavírus subiu para 3.405, o que coloca o país à frente da China na quantidade de vítimas, que contabiliza 3.245.

Já na América do Norte, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) informou também nesta quinta, que o país tem 10.442 casos confirmados de coronavírus e 150 mortes decorrentes da pandemia.

Pesquisas preliminares divulgadas ontem apontaram que a hidroxicloroquina e a cloroquina, duas drogas que servem para o tratamento da malária, têm o potencial de combater a covid-19, o que levou o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a dizer que a cloroquina poderá “virar o jogo” da pandemia.

Porém, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez ressalvas, em nota distribuída na noite de quinta, à aplicação das substâncias no combate ao novo coronavírus. “Apesar de promissores, não existem estudos conclusivos que comprovam o uso desses medicamentos para o tratamento da covid-19”, diz a nota.

No nosso vizinho, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, anunciou uma quarentena obrigatória a partir da madrugada desta sexta-feira (20) em todo o país. A quarentena deve durar até 31 de março. Até essa quinta-feira (19), a Argentina havia registrado 128 casos, com três mortes.

*Com Estadão Conteúdo e Agência Brasil

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