A taxa de desemprego no Brasil ficou em 6,1% nos três meses até novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a PNAD, 6,8 milhões de pessoas estão sem emprego no país. menor contingente desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.
Esta é a menor taxa de pessoas desempregadas em toda a série histórica da PNAD. Em outubro, o índice relativo ao trimestre foi de 6,2%.
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Até então, a menor taxa era de 6,3%, registrada em 2013.
A mediana das previsões em pesquisa da Reuters era de que a taxa ficaria em 6,1% no período. Em um trimestre, 510 mil pessoas deixaram o desemprego. Já no mesmo trimestre de 2023, 1,4 milhão de pessoas saíram da população desocupada.
Recorde de pessoas ocupadas
Ainda segundo o IBGE, o total de pessoas com 14 anos ou mais ocupadas no país bateu novo recorde, chegando a 103,9 milhões de trabalhadores, o que representa 58,8% desta população. O país tem recordes também entre os empregados no setor privado (53,5 milhões) e os trabalhadores com carteira assinada (39,1 milhões), além dos empregados no setor público (12,8 milhões).
Quatro dos dez setores analisados pela pesquisa foram responsáveis pelo aumento na ocupação em comparação ao trimestre anterior. A indústria registrou um crescimento de 2,4%, com a inclusão de 309 mil pessoas; a construção civil teve uma alta de 3,6%, com mais 269 mil pessoas empregadas; o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde e serviços sociais cresceu 1,2%, adicionando 215 mil trabalhadores; e os serviços domésticos avançaram 3,0%, com a entrada de 174 mil pessoas no mercado de trabalho.
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