O presidente do Banco Mundial, David Malpass, disse nesta segunda-feira (10) que a instituição revisou ligeiramente sua perspectiva de crescimento global em 2023 para 2%, contra previsão de janeiro de 1,7%.
Ele alertou, no entanto, que a desaceleração do crescimento mais forte em 2022 ainda deve aumentar o endividamento dos países em desenvolvimento.
Malpass disse à imprensa que a revisão para cima se deveu a uma perspectiva melhor para a recuperação da China dos bloqueios contra a covid-19, com o crescimento agora estimado em 5,1% para este ano, contra 4,3% em janeiro.
As economias avançadas, incluindo os Estados Unidos, também estão se saindo um pouco melhor do que o Banco Mundial previu em janeiro.
Mas o chefe do Banco Mundial alertou que a turbulência no setor bancário e os preços mais altos do petróleo podem pressionar novamente para baixo as perspectivas de crescimento ainda este ano. Uma incompatibilidade de vencimento de ativos bancários levará algum tempo para ser resolvida e os bancos provavelmente retirarão o crédito.
Malpass disse que as reuniões técnicas esta semana com as autoridades chinesas podem ajudar a “quebrar o gelo” sobre o movimento potencial para o tão necessário alívio da dívida dos países pobres.
Ele afirmou que a China também será capaz de marcar alguns pontos políticos a um custo bastante baixo para suas instituições de crédito.
“Do ponto de vista de suas instituições, não é uma quantia tão grande”, disse Malpass. “É benéfico para a China fazer esse movimento” tanto do ponto de vista econômico quanto político.
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