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Economia

China emite primeiro alerta nacional de seca e luta para salvar colheitas

‘Alerta amarelo’ nacional, emitido na quinta-feira, ocorre depois que regiões de Sichuan, no sudoeste, a Xangai, no delta do Yangtze, sofreram semanas de calor extremo.

A China emitiu seu primeiro alerta nacional de seca do ano, enquanto as autoridades combatem incêndios florestais e mobilizam equipes especializadas para proteger as plantações das temperaturas escaldantes na bacia do rio Yangtze.

O “alerta amarelo” nacional, emitido na quinta-feira, ocorre depois que regiões de Sichuan, no sudoeste, a Xangai, no delta do Yangtze, sofreram semanas de calor extremo, com autoridades do governo citando repetidamente as mudanças climáticas globais como a causa. O alerta está a dois níveis do alerta mais sério na escala de Pequim.

Em uma das importantes bacias de inundação do Yangtze, na província de Jiangxi, centro da China, o Lago Poyang agora encolheu para um quarto de seu tamanho normal para esta época do ano, disse a agência de notícias estatal Xinhua na quinta-feira.

Aproximadamente 66 rios em 34 condados da região sudoeste de Chongqing secaram, disse a emissora estatal CCTV nesta sexta-feira (19).

A precipitação em Chongqing este ano caiu 60% em comparação com a média sazonal, e o solo em vários distritos está com severa falta de umidade, disse a CCTV, citando dados do governo local.

O distrito de Beibei, ao norte do centro urbano de Chongqing, viu as temperaturas atingirem 45 graus Celsius na quinta-feira, de acordo com o departamento de meteorologia da China.

Chongqing foi responsável por seis dos 10 locais mais quentes do país na manhã de sexta-feira, com temperaturas no distrito de Bishan já se aproximando de 39 graus Celsius. Xangai já estava em 37 graus.

A infraestrutura e os serviços de emergência da região de Chongqing estão sob crescente pressão, com os bombeiros em alerta máximo à medida que as chamas nas montanhas e nas florestas irromperam em toda a região. A mídia estatal também relatou um aumento nos casos de insolação.

A concessionária de gás no distrito de Fuling também disse aos clientes na sexta-feira que cortaria o fornecimento até novo aviso, pois lidam com “sérios riscos de segurança”.

O departamento agrícola de Chongqing também montou equipes de especialistas para proteger culturas vulneráveis e expandir o plantio para compensar as perdas antes da colheita do outono.

O Ministério dos Recursos Hídricos instruiu as regiões agrícolas atingidas pela seca a estabelecer escalas determinando quem pode acessar os suprimentos a qualquer momento, para garantir que eles não se esgotem.

De acordo com dados do Ministério de Emergências da China na quinta-feira (18), as altas temperaturas apenas em julho causaram perdas econômicas diretas de 2,73 bilhões de iuanes (US$ 400 milhões), afetando 5,5 milhões de pessoas.

Enquanto isso, o Centro Meteorológico Nacional da China (NMC) renovou seu alerta vermelho de alta temperatura na sexta-feira, o 30º dia consecutivo em que emitiu alertas, informou em seu canal Weibo. Meteorologistas estatais também previram que a atual onda de calor só começaria a diminuir em 26 de agosto.

A agência meteorológica disse em seu boletim diário que 4,5 milhões de quilômetros quadrados do território nacional registraram temperaturas de 35 graus Celsius ou mais no mês passado –quase metade da área total do país– com mais de 200 estações meteorológicas registrando recordes.

Bandeira da China em Pequim 29/04/2020 REUTERS/Thomas Peter

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