Os reguladores pretendem pedir a algumas das maiores empresas estatais e gestores de dívidas inadimplentes, incluindo a China Cinda Asset Management, que ajudem a eliminar o excesso de oferta de moradias, disseram as fontes, que pediram anonimato para discutir um assunto privado.
As empresas poderão acessar 300 bilhões de yuans (cerca de US$ 41,8 bilhões) em financiamento que o banco central local destinou ao programa no ano passado, afirmou uma das fontes.
O esforço renovado, que ainda está em discussão, poderá ajudar a acelerar a redução dos 408 milhões de metros quadrados em excesso na China – maior do que a área de Detroit, nos EUA – e aliviar o fardo financeiro dos desenvolvedores em dificuldades.
As autoridades também consideram descartar um teto de preço para o programa, em uma tentativa de acelerar o processo e melhorar a viabilidade econômica do plano tanto para desenvolvedores quanto para compradores estaduais, disseram fontes familiarizadas com o assunto em março.
O Ministério da Habitação e a Cinda não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da reportagem.
Embora a iniciativa de contratar gestores de dívidas problemáticas possa ajudar a melhorar o sentimento, o impacto pode ser limitado pelas próprias finanças das empresas.
Imóveis na China
O plano surge em um momento em que o setor imobiliário chinês atinge uma nova mínima com a saída da China Evergrande da bolsa de valores, e as vendas de casas novas pelas 100 maiores incorporadoras caíram mais de 20% por dois meses consecutivos.
O Banco Popular da China lançou um programa nacional de redesconto em maio de 2024 para ajudar as empresas estatais locais na aquisição de imóveis encalhados e, alguns meses depois, disse que intensificaria a iniciativa. Existem cerca de 60 milhões de apartamentos à venda no país, que levariam mais de quatro anos para serem vendidos sem ajuda governamental, estimou a Bloomberg Economics em maio do ano passado.
No entanto, o progresso tem sido lento, com menos de 6% dos empréstimos anunciados aprovados até agora, de acordo com um relatório da Bloomberg Intelligence, divulgado neste mês.
A aceleração do programa pode ser improvável, dada a incompatibilidade entre a localização das casas encalhadas e a demanda por moradias populares, afirma o relatório.