SÃO PAULO (Reuters) – A Cielo convocou nesta quinta-feira assembleia especial de acionistas para o dia 2 de abril para decidir sobre realização de novo laudo de avaliação para as ações da companhia no âmbito da oferta destinada a fechar o capital da empresa.
A convocação foi aprovada pelo conselho de administração, com a votação apenas dos membros independentes, uma vez que a decisão da OPA partiu dos controladores — Banco do Brasil e Bradesco.
A assembleia ocorre a pedido de acionistas minoritários da Cielo, questionando o laudo anterior, que avaliou os papéis da companhia em 5,35 reais cada.
Os acionistas, detentores de mais de 10% do capital social da Cielo, afirmam que o laudo produzido a pedido dos controladores pelo Bank of America trouxe inconsistências de metodologia e que o preço da oferta deveria ser de 8,61 reais.
O grupo, formado pelas gestoras Encore, Clave, Mantaro Capital, Ibiúna, XP Gestão e AZ Quest, pede que o conselho de administração da Cielo aprove em no máximo oito dias a convocação da assembleia para deliberar sobre o novo laudo e indicam o Banco Safra para a sua realização.
De acordo com o fato relevante da Cielo nesta quinta-feira, os conselheiros independentes consignaram que o J. Safra pertence ao mesmo grupo que o Banco Safra, que atua como credenciadora, exercendo, portanto, atividade concorrente com os negócios da empresa.
“Em função dessa circunstância, (os conselheiros independentes) decidiram recomendar aos acionistas presentes à assembleia especial que avaliem, com atenção, a contratação da referida instituição para a elaboração do novo laudo” acrescentou a Cielo.
Nesse sentido, os conselheiros independentes aprovaram, por unanimidade, por proposta da diretoria, a inclusão do Rothschild & Co Brasil Ltda. como opção de avaliador para a elaboração do novo laudo, a ser deliberado na assembleia do dia 2 de abril.
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