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Economia

Cinco assuntos quentes para o Brasil na próxima semana

Mercado espera manutenção de juros pelo Fed, enquanto aguarda dados do CPI.

O mercado espera que o Federal Reserve (Fed) mantenha sua taxa na próxima semana, mas sinalize potencial nova alta em julho. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA e decisões de bancos centrais na Europa e China também estão no radar.

No Brasil, juros afinam apostas para o Comitê de Política Monetária (Copom), enquanto o boletim Focus deve refletir o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e atividade pode mostrar fôlego menor. Bolsa e câmbio monitoram dividendo da Petrobras.

Veja os destaques:

Fomc, BCE e China

A maioria dos economistas espera que o Fed interrompa os aumentos de juros pela primeira vez em 15 meses e deixe a política monetária em modo de espera até dezembro, mesmo diante de uma economia resiliente e inflação persistente.

Sede do Federal Reserve, em Washington 16/12/2015 REUTERS/Kevin Lamarque

O Fomc manterá as taxas estáveis ​​em sua reunião de 13 a 14 de junho na faixa de 5% a 5,25%, de acordo com economistas consultados pela Bloomberg. O Fed deve manter a taxa, mas sinalizar que será mais um pulo para uma possível nova alta em julho do que uma pausa estendida, diz a Bloomberg Economics. Um dia antes do Fed, mercados ainda reagem ao CPI, que tem estimativas de desaceleração.

Na quinta-feira, BCE se reúne e deve elevar taxa em 0,25 ponto percentual. O BC japonês no dia 16 deve manter suas taxas.

As commodities podem reagir à agenda na China, que inclui decisão sobre juros e dados da indústria e varejo.

Apostas no Copom

O mercado deve afinar suas apostas para a decisão do Banco Central na próxima semana diante da aproximação do Copom de 20 e 21 de junho. A aposta majoritária é de manutenção da Selic em 13,75% e investidores vão buscar no comunicado eventuais mudanças que apontem para o início de um ciclo de alívio.

Os sinais de desaceleração da inflação, reforçados pelo último IPCA, o avanço do arcabouço fiscal e a queda do dólar para abaixo de R$ 5,00 levaram o mercado a elevar a precificação de corte da Selic em agosto. Funcionários do BC aprovaram paralisações parciais ao longo da próxima semana.

Expectativa de inflação

O mercado checa na pesquisa Focus que sai na segunda-feira se o IPCA benigno de maio e a apreciação do real ajudaram a baixar as expectativas inflacionárias. Apesar da desaceleração do índice cheio da inflação, a melhora das expectativas e a queda dos núcleos são vistas como fundamentais para o Banco Central cortar a taxa de juros.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse em 5 de junho que as expectativas de longo prazo ainda estão altas, mas devem começar a recuar assim que o cenário de inflação e crescimento ficarem mais claros no Brasil.

Dados de atividade

A próxima semana tem agenda forte em dados que indicarão o ritmo da atividade de abril, após o Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre que surpreendeu as expectativas, mas foi sustentado em grande parte pelo agronegócio.

Colheitadeiras coletam soja em lavouras em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, Brasil 18/03/2004. REUTERS/Paulo Whitaker

“Os dados de atividade provavelmente mostrarão que a economia não manteve o forte ritmo de crescimento do primeiro trimestre em abril”, diz Adriana Dupita, da Bloomberg Economics.

O IBC-Br será divulgado no dia 16, um dia após o indicador de serviços e dois depois do dado de varejo. Em Brasília, o presidente do Senado afirmou que arcabouço fiscal será apreciado na CAE a partir da semana de 12 de junho.

Itaú, Copel, Petrobras

O Itaú Unibanco (ITUB4) reúne analistas e investidores para o evento Itaú Day no dia 15 de junho em meio às notícias de que o banco negocia a venda de sua unidade argentina para um banco local, o Banco Macro.

A Copel (CPLE6) reúne os debenturistas em 12 de junho para aprovarem a possível privatização da companhia.

A Oi (OIBR3) agendou a divulgação dos resultados do 1º trimestre para o dia 14.

O investidor na bolsa e câmbio ainda monitora possível efeito sobre o fluxo gerado pela Petrobras (PETR4), que deve pagar em 16 de junho a segunda parcela dos dividendos que foram aprovados em abril deste ano no valor de R$ 35,8 bilhões.

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