O Índice de Confiança da Indústria (ICI) subiu 1,2 ponto em dezembro, após queda de 3,6 pontos em novembro, informou nesta quarta-feira, 28, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice atingiu 93,3 pontos e interrompeu uma trajetória de três quedas consecutivas.
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) recuou 0,2 ponto porcentual, a 79,6%, o nível mais baixo desde maio de 2021 (77,8%).
Segundo a FGV, houve alta da confiança em 11 dos 19 segmentos industriais monitorados em dezembro. O Índice de Situação Atual (ISA) cresceu 2,0 pontos, para 93,8 pontos. O resultado foi puxado por um crescimento de 2,8 pontos no indicador que mede a situação atual dos negócios, para 92,5 pontos. Também houve percepção de ligeira melhora da demanda no período, com alta de 0,6 ponto, fazendo com que o indicador subisse para 92,1 pontos.
Quanto aos estoques, também houve alta, de 2,3 pontos, subindo para 102,5 pontos – quando acima de 100 pontos, o indicador sinaliza que a indústria opera com estoques acima do desejável.
O Índice de Expectativas (IE) teve alta 0,2 ponto, a 92,8 pontos. A FGV observa pelo quarto mês consecutivo uma piora do indicador que mede as perspectivas sobre emprego, que caiu 4,2 pontos, a 95,1 pontos, o menor nível desde julho de 2020 (93,0 pontos).
Em contrapartida, o indicador que mede as perspectivas de produção para os próximos três meses subiu 3,0 pontos, para 94,1 pontos. A tendência para os negócios no horizonte de seis meses subiu 1,7 ponto, para 89,5 pontos, mas o resultado se mantém abaixo dos 100 pontos desde setembro de 2021, quando atingira 102,7 pontos.
“Após três meses em queda, a confiança da indústria melhorou em dezembro, mas não foi suficiente para recuperar as perdas sofridas no ano. Parte da indústria sofreu com problemas de insumos, e outra com redução de demanda, levando a um aumento dos estoques em 2022”, afirma o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota. “O resultado de dezembro mostra uma melhora da situação atual influenciada por ligeiro aumento na demanda e melhora dos estoques. Apesar da melhora pontual, o nível de confiança segue baixo em todas as categorias de uso e na maior parte dos segmentos. Em relação às percepções de futuro, os empresários seguem cautelosos quanto às contratações possivelmente influenciados por um cenário de desaceleração econômica e política monetária contracionista”, acrescenta.
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