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Economia

Dia das Crianças: gastos com presentes será maior neste ano, aponta pesquisa

Lojas físicas serão os principais locais de compra, segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

Consumidores estão dispostos a gastar mais com presentes neste Dia das Crianças, comemorado na quinta-feira (12), e todas as capitais devem registrar crescimento nos gastos com compras para a data. Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, 73% dos consumidores têm intenção de presentear, o que deve movimentar R$ 18,8 bilhões no comércio, ante R$ 13,7 bilhões estimados em 2022.

A data representa a última festa comemorativa antes do Natal e, por isso, dá ao mercado pistas de como será o desempenho das vendas no final do ano.

Pesquisa do DataFolha também corrobora com os números apresentados, porém, em menor escala. Foi apontado que 65% dos brasileiros pretendem comprar presente, com investimento médio de R$ 213, o que deve movimentar aproximadamente R$ 16,1 bilhões em compras nos setores de comércio e serviços. O instituto diz ainda que, para 33% dos entrevistados, o valor gasto neste ano deve ser maior do que no ano passado. 

mão de uma criança com peças de Lego

Raio-x do consumidor

O levantamento da CNDL também está mais otimista que o DataFolha quanto ao gasto médio do consumidor, já que aponta um tícket de R$ 343 nas compras (um aumento de R$ 101 em relação a 2022). Entre os principais motivos para gastar mais, estão comprar um presente melhor (39%), comprar mais presentes (38%) e aumento do preço dos produtos (37%). Do lado dos que pretendem gastar menos, o motivo se dá  pelo orçamento enxuto (27%), outras prioridades de compra (20%), pagar dívidas em atraso (20%) e economizar (18%).

O levantamento aponta ainda que a maioria dos entrevistados pretende pagar os produtos à vista (78%), principalmente com PIX (40%), dinheiro (33%) e cartão de débito (32%). Por outro lado, 42% planejam pagar parcelado, principalmente com o cartão de crédito (37%).

Ainda assim, a pesquisa revela  que 29% dos entrevistados costumam gastar mais do que podem com as compras do Dia das Crianças. Entre os que vão presentear nesta data, 9% pretendem deixar de pagar alguma conta e 32% estão atualmente com alguma conta em atraso, sendo que 65% destes estão com o nome sujo.

Foram consultados consumidores de 27 capitais brasileiras através da internet entre  28 de agosto a 04 de setembro de 2023.

Preços devem permanecer estáveis

Os presentes mais procurados durante o Dia das Crianças devem ficar mais acessíveis em 2023. De acordo com a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), os produtos buscados para a data subiram 0,91% em um intervalo de um ano, o que indica estabilidade. Para base de comparação, essa taxa cresceu 7,84% no mesmo período do ano passado, entre 2021 e 2022.

Com o menor avanço dos preços, a Federação estima um crescimento de 17% de vendas nas lojas de vestuário, tecidos e calçados em outubro, quando comparado ao mesmo período do ano passado.

Computadores, videogames e aparelhos celulares estão entre os itens de maior retração nos preços neste ano, de 11,7%, 10,7% e 4,3%, respectivamente. A valorização do real e das dinâmicas produtivas favoreceram, segundo a Federação.

Até mesmo os brinquedos — cuja procura aumenta a partir de começo de outubro — registraram queda de 4,3% em um ano. Entre 2021 e 2022, o preço desses itens havia subido 20,3%, tornando a data passada uma dos mais inflacionadas dos tempos recentes.

Por outro lado, o livro não didático teve um aumento real de 13% no acumulado de um ano, representando o principal avanço registrado no estudo.

Dia das Crianças/Agência Brasil
Comércio de artigos para o Dia das Crianças na região da Sociedade de Amigos da Rua da Alfândega e Adjacências (Saara), o maior centro comercial popular do Rio de Janeiro. (Foto: Agência Brasil)

E-commerce perde para lojas físicas

Os principais locais de compra dos presentes estão concentrados nas lojas físicas (81%), principalmente em shoppings centers (37%), lojas de departamento (24%) e em lojas de rua/bairro (23%), segundo pesquisa da CNDL.

Já entre aqueles que farão as compras pela internet, 77% devem utilizar os sites, 76% os aplicativos e 23% o Instagram.

A estimativa é que o e-commerce atinja a marca de R$ 5,95 bilhões de faturamento, um crescimento de 8% na comparação com o ano anterior, segundo levantamento da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

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