A dívida bruta do Brasil subiu mais do que o esperado em maio, quando o setor público consolidado apresentou déficit primário maior que a expectativa, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira (28).
A dívida pública bruta do país como proporção do PIB fechou maio em 76,8%, contra 76,3% no mês anterior. Já a dívida líquida foi a 62,2%, de 61,5%.
As expectativas em pesquisa da Reuters eram de 76,4% para a dívida bruta e de 61,9% para a líquida.
O aumento da dívida bruta no mês decorreu principalmente dos juros nominais apropriados (+0,6 ponto percentual), das emissões líquidas (+0,1 p.p.), do reconhecimento de dívida (+0,1 p.p.) e da variação do PIB nominal (-0,4 p.p.).
Em maio, o setor público consolidado registrou um déficit primário de R$ 63,895 bilhões, contra expectativa de economistas consultados em pesquisa da Reuters de um saldo negativo de 58,0 bilhões de reais. Em maio de 2023, houve déficit de 50,172 bilhões.
O desempenho mostra que o governo central teve déficit de R$ 60,778 bilhões, enquanto Estados e municípios registraram saldo negativo de R$ 1,078 bilhões e as estatais tiveram déficit de R$ 2,039 bilhões, mostraram os dados do Banco Central.
(Por Camila Moreira)
Veja também
- BRF paga R$ 250 milhões por fábrica de alimentos processados na China
- Argentina anuncia licitação para privatizar hidrovia Paraguai-Paraná
- Petrobras confirma plano de investir mais de R$ 635 bilhões entre 2025 e 2029
- Enel prepara plano de investimentos para buscar renovação de suas concessões no Brasil
- Wall Street afunda com cautela de Powell e escolhas do gabinete de Trump