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Economia

Como saber se é hora de mudar de emprego? Especialista dá 4 dicas

Entre as recomendações está compreender o momento do mercado e fazer um planejamento financeiro.

Candidata em entrevista de emprego online

O número de trabalhadores pedindo demissão está aumentando no Brasil – ao menos nas grandes companhias. É o que indica uma pesquisa da Blue Management Institute, que aponta que 52% dos diretores de RH de grandes empresas afirmam que aumentou o número de trabalhadores que estão pedindo as contas em 2022. Mas como saber se é a hora certa para tomar uma decisão como essa e mudar de emprego?

A pesquisa da Blue Management ouviu 48 gestores de recursos humanos de empresas com receita anual acima de R$ 1 bilhão.  Especialistas brasileiros em emprego apontam que a tendência de pedidos de demissão não é generalizada no país, ao contrário do que acontece no mercado dos Estados Unidos. Por aqui, o cenário sugere que entre os trabalhadores qualificados (sobretudo do setor de tecnologia) é de que pode faltar mão de obra.

De qualquer maneira, os especialistas veem alguns motivos principais que podem estar puxando uma tendência de demissões voluntárias no Brasil. Um deles é a própria melhora no mercado de trabalho, ainda que num ritmo mais lento. No começo da pandemia, com medo do desemprego, muitos trabalhadores aceitaram trabalhos abaixo da própria experiência e qualificação. Com o mercado melhorando, essas pessoas decidem mudar de emprego para conseguir uma posição mais condizente.  

Mas como saber se é a hora certa para pedir demissão ou se vale a pena insistir num emprego para tentar melhorar as condições sem mudar de empresa? Gabriela Mative, diretora de RH da Luandre, alerta que é necessário tomar a decisão de forma consciente. “Com planejamento e análises corretas, a mudança pode ser positiva para a carreira”, afirma Gabriela.

Segundo ela, alguns sinais podem dar indícios de que é a hora de mudar. O primeiro deles é a falta de satisfação e motivação, além de alteração no humor e reclamações constantes. “Muitas vezes o profissional tem um trabalho estável, em que ainda desenvolve suas funções com qualidade, mas surge um sentimento de insatisfação recorrente.”

“O sentimento de frustração e falta de motivação são os principais indicativos de que está na hora de ir em busca de algo que faça sentido para a carreira desse profissional, para que o trabalho não seja um peso que prejudique também sua vida pessoal”, afirma Mative.

A especialista listou 4 dicas para quem decide que é hora de mudar de emprego. Veja abaixo:

Prepare-se para o mercado

Mative comenta que, diante do mercado de trabalho competitivo, o trabalhador precisa entender como está sua área de atuação antes de pedir demissão. “Vale fazer pesquisas, ler matérias sobre a empresa contratante e ver o que os funcionários falam em suas redes sociais ou fóruns privados.”

Estruture um bom networking

A especialista da Luandre lembra que desenvolver e cultivar uma rede de contatos é uma tarefa saudável para a carreira de qualquer profissional, e diz que é importante ampliar essa rede para sondar oportunidades. Isso pode ser feito por meio de colegas de experiências profissionais passadas ou em comunidades virtuais, como o LinkedIn. “Muitos recrutadores estão de olho em perfis profissionais, por isso é importante estar presente com informações e conteúdos relevantes e atualizados”.

Busque especialização

Atualizar e ampliar o conhecimento é essencial para que o profissional não fique defasado para o mercado, aponta Mative. Nesse sentido, ela afirma que especializações ou até cursos livres são bem vistos e podem agregar ao currículo. “Essa é uma ótima maneira de se destacar entre recrutadores e no próprio ambiente de trabalho. Mostrar e compartilhar conhecimento evidencia interesse em se autodesenvolver”, diz a especialista.

Planejamento financeiro

Antes de mudar de emprego, a recomendação é fazer um bom planejamento financeiro e comparar a remuneração atual com uma oferta de trabalho novo. Caso a motivação para trocar de emprego seja salarial, é preciso avaliar com cuidado os benefícios e a remuneração líquida que será oferecida, considerando os ganhos como um todo (e não somente o salário).

Segundo a Mative, é esperado que a nova empresa ou carreira ofereça em média 30% a mais do que a remuneração atual do trabalhador que está em transição de posto. “No ato da troca, o profissional deve avaliar se existem benefícios que podem superar essa porcentagem, como assistência médica e odontológica, dentre outros, e calcular se vale realmente a pena.”

Veja também: 10 dicas para se sair bem numa entrevista de emprego online

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