BERLIM (Reuters) – Os Estados Unidos devem ultrapassar a China como o parceiro comercial mais importante da Alemanha até 2025, no máximo, se as tendências atuais continuarem, de acordo com o diretor de comércio exterior da Câmara Alemã de Indústria e Comércio.
As exportações e importações alemãs para a China totalizaram juntas cerca de 253 bilhões de euros no ano passado, de acordo com cálculos da Reuters baseados em dados preliminares do Departamento Federal de Estatísticas do país.
Isso significa que a China permanecerá como o principal parceiro comercial da maior economia da Europa pelo oitavo ano consecutivo, mas apenas por um fio: o volume de comércio com os EUA foi contabilizado em 252,3 bilhões de euros.
O crescimento contínuo das exportações alemãs para os EUA é a principal razão, com mercadorias no valor de quase 158 bilhões de euros enviadas para o outro lado do Atlântico no ano passado, aumentando a participação dos EUA no total de exportações da Alemanha para cerca de 10%.
“No momento, não há sinais de um aumento significativo na demanda da China por produtos fabricados na Alemanha”, disse Volker Treier, da Câmara Alemã de Indústria e Comércio.
As remessas para a China caíram quase 9%, para cerca de 97 bilhões de euros, com carros e produtos químicos particularmente em baixa, enquanto as importações caíram quase um quinto, para pouco menos de 156 bilhões de euros.
Os líderes alemães alertaram as empresas sobre os riscos de depender demais da China e pediram que diversificassem seus negócios, afastando-se do que eles chamam de “parceiro, concorrente e rival sistêmico”.
Desde 2015, os Estados Unidos têm sido o mercado de exportação mais importante para a economia alemã, que tem feito enormes investimentos diretos no país.
“Atualmente, a economia dos EUA está se saindo significativamente melhor do que em muitos outros mercados de vendas importantes para a economia alemã, como os países da UE”, disse Treier.
“Em última análise, as exportações alemãs também se beneficiam da força e da atratividade da economia dos EUA.”
(Por Rene Wagner)
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