Segundo o sistema diário de registro de exportações do USDA, a China comprou 462 mil toneladas de soja e 132 mil toneladas de trigo branco. Com isso, o volume total de soja vendida para os chineses desde 30 de outubro chegou a 1,8 milhão de toneladas.
Autoridades em Washington estimam que Pequim deve importar até 12 milhões de toneladas de soja americana até o fim do ano.
Para o Brasil, isso é relevante porque americanos e brasileiros disputam diretamente o mercado chinês de soja – o maior do mundo. Qualquer rodada de compras americanas pode pressionar preços, alterar prêmios e afetar o ritmo das exportações brasileiras.
A melhora no clima diplomático entre EUA e China vem sustentando os preços agrícolas, com a soja negociando perto dos níveis mais altos desde junho de 2024. Mas o novo ciclo de compras chinesas de produtos dos EUA ocorre justamente quando o Brasil caminha para uma safra recorde de soja — e em meio a um dólar mais forte, que torna a soja americana relativamente mais cara.
“O dólar americano atingiu hoje seu nível mais alto desde 12 de maio, reduzindo a competitividade dos EUA. Isso pode exigir preços ainda mais baixos para estimular novas compras da China”, disse o Hightower Report em nota.
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